Em Salgueiro não é incomum reclamações quando o assunto é educação. Já noticiamos aqui o escândalo dos ovos, a ausência de fardamento escolar e a superlotação no transporte escolar municipal.
Nesta quarta-feira (11), inconformada com a situação em que o IFSertão campus Salgueiro vivencia, a professora e Coordenadora de Extensão da Unidade, Adeisa Carvalho, usou a tribuna da Câmara de Salgueiro para apelar as autoridades. A docente denunciou a indefinição de horário para buscar os jovens no IF e a insuficiência de transporte para condução dos mesmos. Segundo a professora o problema existe nos três turnos, mas recentemente os atrasos tem se tornado mais recorrentes.
“Ontem (10) o ônibus chegou às 18 horas, um horário mais ou menos razoável, haja vista que já chegou às 20:30h. Chegaram dois ônibus, um ônibus grande e outro pequeno, mas foi insuficiente para levar a quantidade de alunos que nós temos. Então, excelentíssimos vereadores, a nossa solicitação é que nós tenhamos um ônibus suficiente para levar os adolescentes de volta para a cidade”
Emocionada, a educadora relatou que encontrou dois estudantes voltando a pé para casa pela margens BR-232. “Ontem à noite quando estava voltando para casa, depois de esperar os ônibus chegarem, o farol do meu carro iluminou, infelizmente, a farda incandescente de dois alunos meus andando a pé na BR. Dois alunos de menor, senhores vereadores. Eu, surpresa e atordoada com aquela cena, parei o carro perto daquela ponte lá e disse: Meninos o que vocês estão fazendo aqui? Por que não esperaram o carro? Um deles disse: Professora eu não posso chegar em casa depois das 19h30. […] Eu precisava vir porquê de 19h30 começa meu curso”.
É por oportuno lembrar que, as imediações do IF Salgueiro, foi cogitada como uma opção de terreno para construção do Campus da Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco), em recente queda de braço travada, pela comunidade universitária e o prefeito Marcones Sá.
