Em um comunicado enviado a redes de supermercados, a Fugini admitiu que, por um erro operacional, usou um corante vencido na produção de maionese, mas com um percentual pequeno.
A informação foi divulgada depois que a Anvisa ordenou a suspensão das atividades da empresa em Monte Alto (SP) e determinou o recolhimento de um lote de maionese.
O g1 apurou, até o início da tarde desta quinta-feira (30), que ao menos duas redes de varejo receberam o comunicado.
“Esse lote de produtos foi fabricado com adição do ingrediente urucum (agente natural para dar cor ao produto) que representa 0,003% da formulação que estava fora da sua data de validade”, comunicou.A empresa também confirmou que está realizando um recall dessa linha produzida entre 20 de dezembro do ano passado e 21 de março deste ano, ou seja, com prazo de validade até dezembro, com número de lote iniciado em 354, e produtos com validade entre janeiro e março de 2024.“Sempre cumprimos com todas as nossas obrigações sociais, legais, trabalhistas, fiscais e tributárias, nos posicionado como uma locomotiva do desenvolvimento do Agronegócio do Brasil e principalmente dos estados de São Paulo e Goiás, e assim pretendemos seguir”, informa a nota. A reportagem tenta contato com a empresa, mas não obteve um posicionamento até a última atualização desta notícia.
Inspeção da Anvisa
A decisão da Anvisa é de 27 de março e foi divulgada na quarta-feira (29). De acordo com a agência, uma inspeção sanitária na fábrica de Monte Alto identificou falhas graves relacionadas à higiene, controle de qualidade e segurança das matérias-primas, controle de pragas, rastreabilidade, entre outros. A medida é preventiva.
A empresa produz molhos de tomate, conservas vegetais e outros molhos, como maionese e mostardas.
Nas redes sociais, a Fugini já havia confirmado que a inspeção “gerou uma ordem para alteração de alguns processos e procedimentos internos”, que respeitava a decisão e que rapidamente os pontos indicados foram alterados.
“Constantemente recebemos auditorias de agentes fiscalizadores e, como em toda auditoria, sempre há algo a melhorar. Sempre nos adaptamos e respeitamos as solicitações.”
Fonte: G1