Todo passado mal resolvido pesa. Carregar o passado consigo é atrasar o próprio caminho e não perceber que o passado, passou: É nosso apego que ainda o mantêm ali.
Ninguém sofre pelo que passou, sofremos pelo que não deixamos passar dentro de nós, através da nossa falta de aceitação, das mágoas que acumulamos, das culpas que alimentamos, das histórias que revivemos todos os dias pelas lembranças de um passado que não está mais ali.
Passado mal resolvido é uma eterna dor presente.
Por isso é preciso soltar. Aceitar que o que foi, não muda. Entender que de alguma forma, por mais injusto que possa parecer, a única coisa que podemos alterar em relação ao passado é a forma como o enxergamos, e esse é o nosso poder de mudança.
Temos que aprender a perdoar o outro e a nós mesmos, e saber que independente do que passou hoje é uma nova época, um novo tempo, uma nova oportunidade, e que podemos sim criar uma vida melhor. Não importa o quanto sofremos ou fomos felizes: é passado. Nossa responsabilidade é com o hoje, pois cuidando bem dele podemos construir o tipo de vivência que queremos. Se o passado não pode ser mudado, o presente é espaço de construção do futuro que desejamos, e só podemos fazer isso com o conhecimento que obtivemos com as experiências do que vivemos.
Passado é lugar de referência e não de permanência.
Podemos ficar olhando para o que passou, em uma autotortura pelo que vivemos, ou podemos olhar para ele com a sabedoria de quem aprendeu a filtrar o que viveu e extrair dali o melhor.
Alexandro Gruber
