Os trabalhadores da educação realizaram na manhã desta terça(9), uma Assembléia Geral, onde decidiram não aderir a greve mas, intensificar as paralisações para mais dias, a favor do reajuste do Piso Salarial do Magistério para toda carreira da Secretaria de Educação de Pernambuco. Sobre a proposta do governo, eles querem aplicar o piso agora em junho, e pagar o retroativo em três parcelas: junho (retroativo de janeiro), julho (retroativo de fevereiro e março) e agosto (retroativo de abril e maio). Além disso, a proposta do governo é de que o reajuste seja para professores que estão na ativa, deixando mais de 53 mil (analistas, administrativos, aposentados) de fora.
A categoria contrapôs a proposta do Governo do Estado, exigindo que seja aplicada a Lei, com o reajuste de 14,95% em toda carreira, para todos os trabalhadores da educação (professores, assistentes administrativos, analistas, ativos, aposentados, efetivos e contratos temporários). Na mesma assembleia, os mais de 2 mil trabalhadores da educação presentes aprovaram uma passeata saindo do local, que seguiu pela Rua Dom Bosco e parou na Avenida Conde da Boa Vista.
A presidenta do Sintepe, Ivete Caetano, alertou que a proposta do Governo do Estado contempla uma parte dos trabalhadores em educação e deixa outra de fora. Para o Sindicato, essa é uma forma de dividir a categoria. “Não venha o Governo com a proposta para A, sem a proposta para B, C e D. Ninguém vai aceitar proposta dividindo a categoria. Ou é para todo mundo, ou é para ninguém. Isso é uma posição política, um posicionamento político para o governo”, disse Ivete.
O Sindicato vai produzir 1 milhão de panfletos denunciando o descaso com a educação por parte do Governo. Também haverá um calendário de mobilizações intensas.
“É a governadora quem vai decidir se ela vai nos empurrar para uma greve, ou não. Vamos usar todos os nossos recursos de mobilização, para ninguém dizer que não demos opções.” ressalta a presidenta do Sintepe.
Fonte: Diário de Pernambuco