Mulher de ministro de Lula ganha R$ 18 mil no gabinete da senadora Teresa Leitão, do PT/PE

O jornal O Estado de São Paulo levantou, ontem, que pelo menos ministros do Governo Lula arranjaram uma boquinha para suas mulheres. Os cargos, bem aquinhoados, foram distribuídos na Esplanada dos Ministérios e em gabinetes de senadores. Teresa Leitão (PT), senadora do PT pernambucano, empregou a mulher do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Thássia Azevedo Alves foi nomeada no gabinete de Teresa em janeiro deste ano com salário de R$ 18.240,29. Ela é assistente parlamentar sênior e antes de ser contemplada pela senadora trabalhou no Governo Dilma Rousseff como assessora da vice-presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em São Paulo.

A assessoria de Teresa explicou que Thássia trabalha no gabinete da senadora desde o início do seu mandato na Assessoria de Imprensa. “Os critérios para a escolha de Thássia Alves foram meramente profissionais. A jornalista possui mais de 15 anos de experiência, é mestra e doutoranda em Políticas Públicas pela Universidade Federal do ABC (UFABC), sendo considerada qualificada para o cargo”, disse a senadora, em nota enviada pela sua assessoria no Recife.

Três outras mulheres de ministros de Lula também foram nomeadas ou promovidas desde janeiro em cargos em Brasília. Professora titular da Faculdade de Odontologia da USP, Ana Estela Haddad, mulher de Fernando Haddad, foi nomeada 26 dias depois de o marido assumir o Ministério da Fazenda. Ana Estela, que participou das discussões do grupo de Saúde na transição, tornou-se secretária de Informação e Saúde Digital, do Ministério da Saúde.

O salário é de R$ 10.166,94. No último dia 4 de abril, ela também passou a fazer parte do conselho gestor do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), do Ministério das Comunicações. O fundo é responsável por investimentos no setor, a partir de agentes financeiros como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Essa função não é remunerada.

Já a pedagoga Nilza de Oliveira, mulher do ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), foi nomeada em março secretária-adjunta da Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento da Casa Civil. Sua remuneração é de R$ 15.688,92. Em 2009, ela atuou como secretária de Orçamento e Planejamento Participativo em São Bernardo do Campo (SP), quando o marido era prefeito da cidade. À época, Marinho afirmou que a mulher tinha “experiência na administração pública”.

Na Bahia, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, nomeou sua mulher para o Tribunal de Contas do Estado. Outro ministro também fez sua mulher conselheira do Tribunal de Contas do Piauí – Wellington Dias, do Desenvolvimento Social.

Fonte: Folha de Pernambuco

 

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