A hepatite B é uma infecção viral do fígado que pode ter consequências graves e, em alguns casos, fatais. Muitas pessoas podem ser portadoras assintomáticas da doença e não saberem que estão infectadas. Segundo dados do Ministério da Saúde no relatório Hepatites Virais 2023, mais de 276 mil pessoas foram diagnosticadas com hepatite B no Brasil, mas estima-se que um milhão de pessoas estejam infectadas com o vírus no país. O que representa um quadro de seis em cada dez brasileiros infectados sem saber que precisam buscar tratamento médico para a doença.
“É importante destacar a importância da vacinação contra a hepatite B como forma de prevenção da doença. A vacina é altamente eficaz e segura e é recomendada para todas as pessoas, especialmente aquelas com maior risco de contrair a doença”. Afirma o médico e diretor técnico da Salus Imunizações, Dr. Marco César Roque.
Além da vacinação, existem outras medidas de prevenção que podem ajudar a reduzir o risco de contrair a hepatite B. Práticas sexuais seguras, não compartilhamento de agulhas ou outros equipamentos de injeção, triagem de sangue para transfusões e cuidados no manuseio de materiais cortantes em ambientes de saúde são algumas das medidas recomendadas.
“Vale ressaltar que a hepatite B pode ser assintomática por muitos anos e que a detecção precoce da doença é fundamental para prevenir a progressão para estágios mais graves, como cirrose e câncer de fígado. Por isso, é importante que as pessoas em risco de contrair a doença façam testes de detecção regularmente”. Destaca o Dr. Marco César Roque.
Na maioria das vezes, os sintomas somente se apresentam nas décadas seguintes à infecção, o que torna mais difícil detectar a doença. No entanto, quando os sintomas aparecem, eles podem incluir:
• Cansaço: fadiga extrema e falta de energia;
• Tontura: sensação de que o ambiente está girando ou que a pessoa está prestes a desmaiar;
• Dor abdominal: desconforto ou dor na região do abdômen;
• Pele e olhos amarelados: icterícia, que é um amarelamento da pele e dos olhos devido ao acúmulo de bilirrubina no corpo;
• Enjoo: sensação de náusea ou mal-estar abdominal;
• Vômitos: expulsão do conteúdo do estômago pela boca;
• Febre: elevação da temperatura corporal acima do normal.
O tratamento para a hepatite B pode incluir o uso de medicamentos antivirais que ajudam a reduzir a quantidade de vírus no corpo e a diminuir a inflamação no fígado. O tratamento também pode incluir o uso de imunomoduladores para ajudar o sistema imunológico a combater o vírus.
A hepatite B é uma das principais causas de câncer de fígado em todo o mundo. É importante que as pessoas com hepatite B crônica recebam acompanhamento médico regular e sigam as recomendações de tratamento para reduzir o risco de complicações graves.
“A vacina é uma das maiores conquistas da medicina moderna e é uma forma segura e eficaz de proteger a saúde das pessoas. Não deixe de se vacinar e de incentivar as pessoas ao seu redor a fazerem o mesmo. Juntos, podemos ajudar a prevenir a disseminação da hepatite B e proteger a saúde da população”. Finaliza o Dr. Marco César Roque.