Uma capacitação pode preparar um reeducando para o mercado de trabalho, um mutirão de saúde pode cuidar do corpo, mas a principal ferramenta para a ressocialização de uma Pessoa Privada de Liberdade (PPL) é o suporte da família. Entretanto, após a privação de liberdade, alguns reeducandos acabam sendo esquecidos por seus amigos e familiares. Pensando nisso, a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) deu início, no último mês de julho, às atividades do Projeto “Fortalecendo Laços”, que vem acolhendo cerca de 111 reeducandos que não recebem visitas dos familiares, no Presídio Desembargador Augusto Duque (PDAD), em Pesqueira.
De acordo com o Secretário Executivo de Ressocialização, Paulo Paes, é preciso ter um cuidado especial com todas as etapas da ressocialização. “Um PPL não é uma peça que pode ser retirada e inserida na sociedade sem o devido preparo. Por isso, pensar na volta desse indivíduo sem a devida preparação e um trabalho consistente de recuperação de toda a família faz com que o fantasma da reincidência seja uma constante”, disse.
O secretário ainda ressaltou a importância da família no processo de resgate da cidadania na vida do reeducando. “A aproximação da família eleva a autoestima do PPL e serve como ponte entre o reeducando e a sociedade. Por isso a necessidade de tê-los sempre por perto, trabalhando de forma conjunta com o Estado na recuperação dessas pessoas privadas de liberdade”, finalizou o gestor.
O projeto foi desenvolvido pela coordenação do setor psicossocial da unidade e tem duração prevista de dois meses. Cada encontro do projeto conta com a presença de 20 reeducandos. Na reunião que marcou o início do projeto também foram entregues kits de higiene pessoal para todos os participantes do evento.