Segundo a Organização Mundial de Saúde, a população do país é a mais ansiosa do mundo e a quinta mais depressiva
A data 27 de agosto é marcada pela comemoração ao Dia do Psicólogo e tem como objetivo principal reconhecer o trabalho essencial desses profissionais. São diversas as áreas de atuação, mas de modo geral, o psicólogo trabalha no sentido de ajudar as pessoas a cuidarem da saúde mental através do autoconhecimento, desenvolvimento de capacidades socioemocionais e aprimoramento do laço do indivíduo com seu próprio interior.
O tema saúde mental, inclusive, segundo Poliana dos Santos da Silva, coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, deve ser colocado com urgência na discussão social a fim de que mais informações sejam compartilhadas e cuidados evidenciados. A especialista aponta que, segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil é o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. Ainda de acordo com a OMS, a ansiedade afeta 18,6 milhões de brasileiros e os transtornos mentais são responsáveis por mais de um terço do número total de incapacidades nas Américas.
“Apesar de a OMS não indicar uma definição oficial sobre o que é o problema, a saúde mental pode ser considerada todas as formas como a pessoa reage à diversas situações da vida. As emoções que vivenciamos no dia a dia impactam nossas vidas e é preciso atentar-se ao modo como agimos e como pensamos, ter o domínio disso”, alerta.
Para a especialista, a saúde mental se dá quando as emoções são bem equacionadas pelos indivíduos a partir dos seus sentimentos. Segundo Poliana, a forma como se lida com esses fatores é que será determinante para manter ou não a qualidade da saúde mental.
“É um tema urgente para se levantar no Brasil, sejam em casa, na escola ou no trabalho, afinal, não lidar bem com o assunto contribui para problemas como desequilíbrio emocional, o que gera ainda uma série de transtornos emocionais e até doenças mentais. Outro ponto que chamo a atenção, é que a pessoa doente se sente envergonhada ou tem medo de buscar ajuda psiquiátrica. Portanto, a desinformação, falta de ações preventivas e falta de conhecimento sobre a realidade do problema completam esse cenário de malefícios”, ressalta.
Por fim, a coordenadora da Anhanguera dá algumas dicas sobre o cuidado com a saúde mental. Confira:
Autocuidado: Reserve um tempo regularmente para cuidar de si mesmo. Isso pode incluir atividades que você gosta, como ler, praticar um hobby, meditar, tomar um banho relaxante, fazer uma caminhada ou simplesmente descansar.
Atividade física: O exercício regular não só beneficia o corpo, mas também a mente. A atividade física libera endorfinas, substâncias químicas que promovem sentimentos de felicidade e reduzem o estresse.
Sono adequado: O sono desempenha um papel importante na regulação do humor e no processamento das emoções.
Limites saudáveis: Saiba quando dizer “não” a compromissos excessivos e situações que podem sobrecarregar você. Estabelecer limites é fundamental para evitar a exaustão emocional.
Buscar ajuda profissional: Se você estiver enfrentando dificuldades persistentes, como ansiedade, depressão, estresse pós-traumático ou outras questões de saúde mental, procurar a ajuda de um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra, é fundamental.
Aceitação: Reconheça e aceite suas emoções, mesmo as negativas. Não se julgue por ter sentimentos normais, e lembre-se de que é normal pedir ajuda quando necessário.
Priorize o cuidado com você mesmo e não hesite em procurar ajuda quando necessário.
Poliana Dos Santos Da Silva: Assistente Social, coordenadora e docente da Faculdade Anhanguera de Imperatriz, Especialista em Parâmetros e Protocolos do Trabalho do Assistente Social na Saúde e Especialista em Saúde Mental, Psicopatologias e Atenção Psicossocial.