A VOLTA DO PIRES NA MÃO
A pauta municipalista ganhou as principais avenidas de Brasília, os salões do Congresso Nacional, o saguão de entrada do Tribunal de Contas da União (TCU) e os ouvidos das autoridades. Mais de 2,5 mil prefeitos, 42 deles de Pernambuco, participam da Mobilização Municipalista, em busca de soluções para problemas que os gestores municipais enfrentam principalmente com o cenário que se formou após queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
A prefeita de Serra Talhada, no Sertão do Pajeú, Marcia Conrado (PT), disse à coluna JC que além de um “socorro de forma urgente” as prefeituras precisarão pensar a gestão “a partir de um planejamento a longo prazo”.
“Nós vamos receber a reposição agora, por esses dias, mas tenho certeza de que todos os municípios já estão com esse dinheiro comprometido para pagar a merenda, o transporte escolar, remédios. Enfim, precisamos de uma ação para que a gente não necessite estar todo mês aqui [em Brasília] apresentando nossas reivindicações”, afirmou.
A presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) reconhece a importância de se fazer uma revisão no pacto federativo, “que é muito injusto com os municípios”. “Assim como no Estado de Pernambuco onde estamos fazendo a negociação da redistribuição do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), onde os maiores municípios têm a prerrogativa de ter mais recursos, mas a gente também tem que pensar nos 80% que são menores, abaixo de 50 mil habitantes e que sofrem mais,” disse a prefeita.
Fonte: Jornal do Commercio