Em decisão inédita, a Comissão de Controle e Sustentabilidade do Sistema do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – Confea decidiu, por unanimidade, pela rescisão do contrato que previa o aporte de R$1,5 milhão para construção da Inspetoria do Crea-PE em Salgueiro. A negativa se deu após a gestão do hoje presidente licenciado, Adriano Lucena, descumprir os requisitos estabelecidos no contrato com o Confea. Ao final da matéria, o leitor confere os links da decisão.
Segundo informações repassadas ao Blog do Magno, confirmadas por provas inseridas ao fim deste material, o grande motivo para o Confea desistir do aporte milionário foi, entre nove exigências contratuais, o descumprimento de sete delas, além da mudança unilateral no processo licitatório com a construtora que iria executar as obras em Salgueiro, o dilatamento do prazo para início das obras e a mudança no valor original do aporte. Inicialmente, antes dos dois termos aditivos feitos por Adriano Lucena, o convênio do Confea com o Crea-PE estava orçado em pouco mais de R$1,2 milhão.
Como o processo junto ao Confea teve início em 2018, antes da atual gestão, ao assumir o cargo em 2021, Adriano cancelou a contratação da empresa vencedora da licitação anterior e começou sua manobra no Confea para alteração do termo de convênio com o mesmo, apesar de todo o esforço do conselheiro federal de Pernambuco, eng. Ernando Alves, de tentar evitar tais manobras em 2021.
Em 2022, já sem a presença do conselheiro federal de Pernambuco, o presidente do Crea-PE concretiza suas manobras para novo processo licitatório, porém sem sucesso quanto a ser novo processo no Confea, sendo obrigado à submissão dos termos originais, o que redundou com o cancelamento do convênio, após sete descumprimentos contratuais.
Diante dos fatos aqui revelados, que comprovam a incompetência administrativa do gestor, que concorre à reeleição no pleito do Crea-PE no próximo dia 17 de novembro, resta, agora, a construção da sede da inspetoria de Salgueiro ser feita com recursos milionários da própria regional pernambucana do Crea. E o pior, o mesmo entendimento deve ser replicado na construção da inspetoria do Conselho em Afogados da Ingazeira, cujas obras já foram iniciadas, o que impossibilita o aporte do Confea à essa altura. Isso tudo na contramão da atualidade, onde órgãos públicos e empresas privadas estão priorizando atendimentos virtuais ao físico.
Infelizmente, práticas como essa, fatalmente terminam ocorrendo após a mudança de gestão, principalmente quando o sucessor não tem competência para dar andamento ao que foi deixando. No fim, quer refazer tudo, o que culmina em fatos como o de agora, com processos cancelados. E quem perde com isso? A Sociedade! O que, neste caso, perde Salgueiro, região da jurisdição da Inspetoria e, principalmente, todos os Profissionais da Engenharia, da Agronomia e das Geociências do Estado.
Confira os links da decisão abaixo:
Fonte: Magno Martins