Em sua pesquisa mais recente entre mais de 2.000 brasileiros, o Bumble revela que apenas 23% das mulheres acham que há equidade e igualdade de gênero. ● As divergências de opinião ocorrem em questões como as decisões das mulheres sobre seus corpos, ter filhos como condição para a realização pessoal, liberdade financeira e oportunidades iguais no local de trabalho. ● Mais da metade das mulheres entrevistadas (57%) acham que as mulheres que trabalham fora de casa não deveriam se sentir culpadas por ficarem longe de seus filhos, enquanto 41% dos homens concordam.
O Bumble, o aplicativo de namoro onde mulheres dão o primeiro passo, compartilhou seu estudo anual Estado da Nação, baseado em uma pesquisa com mais de 2.000 brasileiros com mais de 18 anos. Como nos anos anteriores, o estudo destaca o estado de equidade nas relações, carreira, gênero, finanças e muito mais. Os resultados continuam a mostrar que há uma “lacuna de realidade” entre homens e mulheres; por exemplo, enquanto 31% do total de entrevistados (homens e mulheres) consideram que há igualdade de gênero no Brasil, quando analisamos os dados vemos que mais homens do que mulheres concordam com essa afirmação (38% dos primeiros contra 23% das últimas).
Equidade de gênero
O relatório observou que metade (50%) dos participantes concorda com a definição de equidade de gênero: homens e mulheres são iguais e devem ter as mesmas oportunidades em tudo. No entanto, menos de um terço (31%) dos entrevistados acreditam que igualdade de gênero significa remover barreiras para que as mulheres possam atingir todo seu potencial.
Igualdade financeira
As questões financeiras mostram uma diferença importante. Enquanto 27% das mulheres entrevistadas acreditam que há igualdade em termos de independência e controle financeiro, os homens têm uma visão mais positiva, com 41% dos entrevistados observando que a igualdade foi alcançada nesta área.
Em termos de como a liberdade financeira impacta os relacionamentos, metade das entrevistadas (50%) acredita que a falta de independência financeira é uma das razões
mais importantes pelas quais as mulheres permanecem em relacionamentos onde estão infelizes, enquanto 3 em cada 10 dos homens entrevistados (29%) pensam assim.
Igualdade no casamento e na família
Quando se trata de expectativas matrimoniais, 30% das mulheres consideram que chegamos ao ponto de igualdade, em comparação com 48% homens entrevistados que pensam o mesmo.
As diferenças são ainda mais notáveis na questão das crianças e do direito de decidir quando tê-las:
- Quase metade das mulheres entrevistadas (49%) acredita que uma mulher pode ter uma vida feliz e realizada sem experimentar a maternidade, em comparação com um quase terço dos homens (32%) que pensam que isso é possível.
- 68% das mulheres entrevistadas acreditam que ambos os pais devem compartilhar igualmente as responsabilidades parentais; 55% dos homens concordam com esta afirmação.
- 40% das mulheres acreditam que as mulheres devem ter controle total sobre decisões que impactam seus corpos, enquanto apenas 26% dos homens concordam.
Igualdade profissional
Com relação a questões profissionais, pouco mais de um terço do número total de entrevistados (36%) acreditam que a igualdade de oportunidades profissionais e ambição foi alcançada. 42% dos entrevistados acham que, embora tenha havido progresso nesta área, ainda não há igualdade completa; neste ponto, há uma pequena diferença entre mulheres e homens que concordam com isso (44% mulheres e 41% homens).
Este ponto é reforçado quando se fala sobre posições de liderança, já que um terço (34%) de todos os entrevistados acreditam que essas posições ainda favorecem os homens, e quase 36% das mulheres acreditam que suas ideias de negócios e propostas têm mais probabilidade de serem rejeitadas apenas porque são mulheres.
Ao abordar a questão de como o planejamento familiar e os filhos impactam a igualdade profissional, as diferenças entre homens e mulheres continuam: ● Metade das mulheres (50%) acreditam que as mulheres têm o direito de adiar seus planos de ter filhos para se concentrarem em suas carreiras, em comparação com 37% dos homens.
- Mais da metade das mulheres (57%) acham que aquelas que trabalham fora de casa não deveriam se sentir culpadas por estarem longe de seus filhos, mas apenas 4 em cada 10 (41%) homens concorda.
Equidade nos relacionamentos
4 em cada 10 (41%) dos entrevistados considera que a igualdade entre homens e mulheres avançou, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Tanto mulheres quanto homens (51%) concordam que um relacionamento saudável ocorre quando as responsabilidades são compartilhadas e há tomada de decisão compartilhada dentro do relacionamento. No entanto, as diferenças entre os gêneros continuam:
- 41% das mulheres acham que as tarefas domésticas devem ser compartilhadas igualmente, enquanto 36% dos homens concorda.
- As mulheres são mais propensas a pensar que os relacionamentos são mais fortes quando ambas as pessoas têm peso igual no relacionamento (55% das mulheres contra 47% dos homens).
Finalmente, sobre o tema da sexualidade, 4 em cada 10 entrevistados (39%) sentiu que compartilhar o poder em um relacionamento leva a uma maior intimidade e a um sexo melhor.
“Este é o terceiro ano em que realizamos este relatório e vemos como, embora haja progresso em questões de equidade, como sociedade, ainda há muito a ser feito”, disse Marcela Millan, gerente sênior de comunicações para a América Latina. “Estes relatórios compartilham insights inestimáveis sobre como as mulheres ainda experimentam desigualdades em suas vidas diárias. Acreditamos que não é apenas importante trazer à luz o estado das experiências das mulheres, mas também advogar por soluções que ajudarão a fechar essas lacunas.”
Todos os dados foram encomendados pelo Bumble entre Agosto e Setembro de 2023 com uma amostra de 2.500 brasileiros.
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