A ausência da cidade de Garanhuns na rota do novo “Festival Pernambuco Meu País“, anunciado na última quarta-feira (1º) pela governadora Raquel Lyra (PSDB), gerou tanto burburinho que o prefeito Sivaldo Albino (PSB) resolveu se manifestar.
Pelas redes sociais, o gestor compartilhou reportagens que apontam possível cunho político na decisão estadual de excluir a cidade do novo circuito de eventos. Ele afirmou que o gesto não vai enfraquecer o FIG.
“O FIG e Garanhuns é maior [sic] do que qualquer governante”, escreveu o prefeito. “Não enfraquece, não. Nosso FIG e Garanhuns são mais fortes”, afirmou Sivaldo em outra publicação.
O que se comenta é que o Festival Pernambuco Meu País foi criado após o governo optar por deixar a realização do FIG 2024 por causa de divergências com a administração municipal, e que ele poderia desidratar o evento garanhuense.
Garanhuns, vale lembrar, integrou várias festividades tradicionais do estado, como o Festival Pernambuco Nação Cultural e o Circuito do Frio — tido como uma das principais referências para a criação do novo festival.
Outros municípios que faziam parte desta rota, como Gravatá, Triunfo e Taquaritinga do Norte, permaneceram no roteiro do novo circuito criado por Raquel Lyra, junto às novatas Caruaru, Buíque, Bezerros e Arcoverde. Pesqueira, assim como Garanhuns, ficou de fora.
A reportagem questionou ao governo de Pernambuco como foi feita a escolha das cidades integrantes do novo festival e se a ausência de Garanhuns do roteiro tem relação com a saída da administração estadual da realização do FIG 2024. O texto será atualizado assim que houver retorno.
O blog também tentou contato com o prefeito Sivaldo Albino para comentar a ausência de Garanhuns do Festival Pernambuco Meu País e a possível motivação, mas não obteve sucesso até a publicação desta matéria.
O Festival Pernambuco Meu País não teve as datas de realização divulgadas, mas o blog apurou que ele acontecerá entre junho e agosto de 2024.
Repercussão nas redes
Nas redes sociais, a publicação da governadora Raquel Lyra que anunciou o lançamento do festival recebeu elogios e críticas.
“Segue na tentativa de ofuscar o Festival de Inverno de Garanhuns! Mulher, te preocupa com a saúde, o Dom Moura aqui em Garanhuns tá jogado as traças. Já vai ter o São João de Caruaru de maio a junho aí a senhora quer inventar de fazer um festival na época do de Garanhuns? Deixa de ser infantil”, disse um seguidor identificado como Gabriel Lins.
“Raquel Lyra acaba de minar o foco turístico de Garanhuns em julho. Numa óbvia tentativa de usurpar um festival municipal e transformá-lo num item minerador de votos sob gestão do governo do Estado. Assim como o galo da madrugada não pode ir pra Caruaru, o FIG pertence a Garanhuns”, escreveu outro internauta.
“Artistas precisam de espaço e locais de trabalho. Cultura salva!”, defendeu o cantor Tony Maciel.
“Que maravilha, vai ser ainda mais amplo que o Festival Pernambuco Nação Cultural, lançado no governo Eduardo Campos, e que acontecia em Gravatá, Taquaritinga, Triunfo, Pesqueira e Garanhuns. Dessa vez, mais cidades foram incluídas, muito massa, o turismo pernambucano só cresce”, elogiou também Aninha Marques.