A banda pernambucana Mombojó se sagrou como a grande vencedora do Prêmio da Música Brasileira, na categoria Melhor Grupo Pop Rock. A premiação aconteceu no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro, na noite de quarta-feira (12).
O grupo disputava o prêmio com Pato Fu e o grupo Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo. Dentro da categoria Pop Rock, Marisa Monte venceu como Melhor Intérprete e Ana Frango Elétrico como Melhor Lançamento com “Me Chama De Gato Que Eu Sou Sua”.
Em entrevista para a Folha de Pernambuco, um dos vocalistas da banda, Felipe S, revelou que a vitória chegou com muita emoção. Além disso, para a banda, o prêmio pode representar, quem sabe, novas portas que se abrirão para o futuro.
“Eu acho que era muito importante (ganhar o prêmio). Talvez sejamos os que mais estivessem precisando do prêmio. A banda é muito antiga, sempre tá na batalha, e a gente luta muito para conseguir viver de música. Começamos muito novos, com 18 anos, viajando pelo Brasil. (O prêmio) foi um momento primordial para as nossas perspectivas para o futuro. Não é uma coisa que vai mudar o nosso cenário, mas vai ajudar bastante pra gente seguir nessa batalha”, explicou.
Conhecido por possuir uma sonoridade única, o grupo Mombojó foi formado em 2001 e é composto por Felipe S (guitarra e voz), Marcelo Machado (guitarra e voz), Missionário José (baixo e sintetizador), Chiquinho Moreira (teclados e sintetizado) e Vicente Machado (bateria e percussão).
Ao todo, a banda já acumula sete álbuns de estúdio autorais. O mais recente deles é Carne de Cajú, lançado no dia 26 de janeiro deste ano. O trabalho traz uma releitura de canções clássicas de Alceu Valença, ícone da música pernambucana.
A ideia de fazer o álbum, inclusive, também foi repentina, e, com essa naturalidade, nasceu a obra. “A gente conseguiu resolver muito rápido. O disco foi idealizado e feito em dois meses. Queríamos inventar uma coisa diferente, e, a partir desse momento, Alceu foi a primeira ideia que a gente teve quando pensamos que, quando fôssemos cantar as músicas dele, elas fossem sair do papel”, contou Felipe S.
O próprio nome do álbum, inclusive, é uma referência à música Morena Tropicana, lançada em 1982. Ao todo, o álbum conta com oito faixas, com releituras de canções como “Tomara”, “Como Dois Animais” e “Estação da Luz”, além de Chuva de Cajus e “Olinda”.