O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) implementou uma melhoria na urna eletrônica, sugerida pela Controladoria-Geral da União (CGU), após uma inspeção minuciosa do código-fonte das urnas por especialistas em tecnologia da informação. A inspeção, que durou aproximadamente 35 horas, foi realizada na última semana e faz parte do Ciclo de Transparência das Eleições de 2024, visando assegurar a integridade do sistema eleitoral brasileiro.
Everton Ramos, desenvolvedor da CGU que já havia participado de uma inspeção semelhante em 2022, propôs uma camada adicional de validação na etapa de totalização dos votos. Esta etapa envolve a verificação dos hashes dos arquivos de dados utilizados na totalização, aumentando assim a segurança do processo eleitoral.
Durante a inspeção, técnicos do TSE demonstraram o funcionamento interno das urnas eletrônicas, permitindo que a equipe da CGU examinasse o hardware e os componentes do sistema. Rafael Azevedo, coordenador de Tecnologia Eleitoral do TSE, destacou que as urnas possuem quatro processadores e não têm qualquer conexão online, garantindo sua segurança contra interferências externas.
Além da CGU, outras entidades como a Sociedade Brasileira de Computação (SBC), o Senado e o partido União Brasil também enviaram especialistas para testar e verificar as urnas eletrônicas. Todos os verificadores confirmaram a confiabilidade das urnas, que atualmente somam 571.020 unidades prontas para serem utilizadas nas eleições municipais em todo o Brasil.