A execução do Concurso Público de Salgueiro, organizado pela banca IGEDUC, tem gerado inúmeras críticas e reclamações por parte dos candidatos. A última falha na organização foi a publicação de uma prorrogação para o envio de títulos com uma data já ultrapassada, causando ainda mais confusão e frustração entre os participantes.
Na página oficial do concurso, foi anunciado que no dia 25 haveria uma retificação no edital tratando da prorrogação do prazo para envio dos títulos. No entanto, no dia 25 não houve a publicação esperada. A retificação foi divulgada somente no final da tarde do dia 26, estipulando como prazo final o mesmo dia 26, às 17 horas, um horário já ultrapassado no momento da publicação.
“Não tem como acompanhar as etapas do concurso dessa maneira,” comentou uma candidata indignada. “As informações são inconsistentes e confusas.” Outra candidata acrescentou: “A própria banca não compreende seus editais e seus prazos.”
As críticas se intensificam nas redes sociais e em grupos de WhatsApp, onde mais de 100 candidatos se uniram em um grupo chamado “Judicialização do Concurso de Salgueiro” para buscar soluções legais para o que consideram um verdadeiro embaraço. O grupo conta com a participação de candidatos, advogados e autoridades locais que se solidarizam com os participantes do concurso.
Além da confusão com as datas, os candidatos também relatam problemas com as respostas dos recursos contra o gabarito preliminar. Alegam que a banca IGEDUC não publicou justificativas para as mudanças de gabarito e fez alterações de forma arbitrária. “Ontem saiu no Instagram da IGEDUC uma nota sobre a divulgação de um novo cronograma, mas cumprir com os prazos, nada,” desabafou uma candidata.
Esses problemas não são isolados. Em Belo Jardim, candidatos do Teste de Aptidão Física (TAF) relataram que alguns participantes foram aprovados mesmo sem comparecer para realizar os exames. Em Garanhuns, candidatos do concurso para Guarda Municipal mencionaram mudanças nas regras do edital após as etapas avaliativas e alterações misteriosas nos gabaritos. No concurso de Olinda, a banca elaborou em torno de 10 questões usando uma lei não relacionada ao edital; no concurso de Abreu e Lima para Câmara Municipal a banca também foi alvo de críticas; isso para citar alguns exemplos.
Os candidatos denunciam a omissão da comissão organizadora do concurso e da gestão municipal, que não têm acompanhado de perto os desdobramentos dos concursos. “Os danos à nossa saúde mental são enormes, e o descrédito nas instituições que realizam concursos municipais é crescente,” lamentou um candidato.
Com a crescente judicialização e insatisfação entre os candidatos, espera-se que as autoridades tomem medidas para corrigir as falhas e garantir a transparência e a regularidade do concurso, evitando assim maiores prejuízos aos participantes.
Fonte: Jaula Cursos