A informação foi divulgada pelo NetLab, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), nesta quinta-feira (6).
Golpistas fizeram uso dessa onda de desinformação sobre o PIX para convencer vítimas a receberem supostas quantias em dinheiro que, segundo esses criminosos, poderiam ser alvos do governo.
Cerca de 40% das postagens levavam a páginas falsas que tentavam se passar por sites de instituições públicas e também continham logomarcas de órgãos como a Caixa e o Banco Central.
Segundo o NetLab, 70% dessas postagens continham alguma adulteração feita com inteligência artificial, incluindo vídeos manipulados de políticos e jornalistas.
Os conteúdos fraudulentos foram feitos por 151 anunciantes e, ao todo, davam links para 87 sites.
O levantamento concluiu que o alcance das fraudes foi maximizado pela utilização das ferramentas de marketing da Meta, “que permitem a compra de anúncios segmentados de acordo com critérios demográficos, geográficos e interesses dos usuários”.
O grupo focou nas redes sociais da Meta porque a empresa é a única que tem uma Biblioteca de Anúncios “minimamente pesquisável e navegável para busca de anúncios ativos em suas plataformas”, segundo o NetLab.
Mas o NetLab afirmou que “a empresa não oferece transparência sobre esses dados”. E que “a falta de controle e segurança contra a publicidade enganosa das plataformas da Meta as tornam ambientes propícios a crimes digitais, principalmente em países do Sul Global, onde as leis locais são frequentemente negligenciadas pelas redes sociais”.
O que diz a Meta
Procurada pelo g1, a Meta afirmou que “atividades que tenham como objetivo enganar, fraudar ou explorar terceiros não são permitidas em nossas plataformas e estamos sempre aprimorando a nossa tecnologia para combater atividades suspeitas”.
“Também recomendamos que as pessoas denunciem quaisquer conteúdos que acreditem ir contra os Padrões da Comunidade do Facebook, das Diretrizes da Comunidade do Instagram e os Padrões de Publicidade da Meta através dos próprios aplicativos.”