A um mês do primeiro turno das eleições, as pesquisas mostram que a maior parte dos brasileiros já escolheu o candidato em quem votará para presidente. De acordo com o levantamento Datafolha mais recente, divulgado na quinta-feira (1º/9), apenas 4% dos eleitores decidiram pelo voto nulo ou em branco.
Na pesquisa anterior, publicada em 18 de agosto, os eleitores que pretendiam votar nulo ou em branco eram 6%. A diferença, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, pode ser responsável pelo aumento de intenções de voto em nomes da chamada terceira via – como Simone Tebet (MDB), que subiu de 2% para 5%; ou Ciro Gomes (PDT), que foi de 7% para 9%.
Caso se concretize, a previsão para votos nulos ou em branco pode significar o menor número da categoria desde 1994. O Metrópoles realizou uma comparação entre as pesquisas feitas a um mês da data do primeiro turno, nas últimas sete eleições gerais, e o resultado oficial de cada uma delas, divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Apesar de também ter sido influenciado por forte polarização, o cenário em 2018, por exemplo, era bem diferente. A indefinição sobre a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ter motivado a indecisão de parte do eleitorado.
Um mês antes das eleições, 15% dos eleitores afirmaram ao Datafolha que votariam nulo ou em branco. No primeiro turno, os votos em branco foram 2,65%, e os nulos, 6,14% – as duas opções, juntas, somam 8,79%. Além de 2018, apenas em 1994 a previsão também ficou acima da realidade: de 6% na pesquisa para 4,06% nas urnas.
Nas outras cinco eleições para presidente (de 1998 a 2014), a diferença entre a pesquisa Datafolha a um mês do pleito e o resultado do primeiro turno variou de três a cinco pontos percentuais.
Fonte: Metrópoles