Em sabatina na TV Guararapes nesta segunda (12), a candidata ao Senado Teresa Leitão (PT) tratou de pautas da chamada Casa Alta, como pacto federativo e uma possível revisão do teto de gastos. “A austeridade financeira tem que ser bem pensada. Ela tem o objetivo de controlar os gastos, mas não pode diminuir a presença do Estado Brasileiro nas políticas básicas para a população”
O teto de gastos é uma política adotada em 2016 pelo ex-presidente Michel Temer que tem causado sacrifícios à população. Por meio dessa medida, os valores de gastos do governo (inclusive com manutenção e investimento em serviços públicos de saúde, educação, segurança, assistência social…) serão mantidos congelados até 2036. É permitido apenas o reajuste do valor com base na inflação anual.
Teresa Leitão, que lidera a disputa pelo Senado em Pernambuco, podendo se tornar a primeira mulher senadora do estado, entende que o Estado precisa ter regras rígidas de controle financeiro, de modo a não se endividar. Porém considera que o teto, da maneira que está regulamentado, compromete demasiadamente o funcionamento dos serviços públicos.
Na sua opinião, aplicar apenas o reajuste da inflação aos recursos destinados aos investimentos é muito pouco, sobretudo após o sucateamento patrocinado pelo governo Bolsonaro em todas as áreas.
Exemplos não faltam. O desmantelo do SUS é visível, e vai exigir muito investimento do próximo governo para dar conta da demanda represada e para que o sistema de saúde público volte a prestar um bom serviço, inclusive com fornecimento de medicamentos. A educação, a ciência e a tecnologia são outros setores que sofreram cortes consecutivos nos últimos quatro anos, e também irão precisar de reforço financeiro por parte do próximo governo.
“O meu candidato a presidente, Lula, já disse que vai rever o teto de gastos. E, caso eu seja eleita para o Senado, Lula terá o meu apoio para realizar as mudanças que forem necessárias”, concluiu.