O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) está denunciando que profissionais da segurança trabalharam 14 horas durante uma operação e que não receberam diária pelo expediente extra. A entidade faz referência à Operação “Bogeyman”, deflagrada na última quinta-feira (1º) para identificar e desarticular grupos criminosos responsáveis pela prática do jogo do bicho em Pernambuco.
De acordo com o Sinpol-PE, participaram da ação 70 policiais civis entre delegados, agentes e escrivães, além do apoio operacional do Corpo de Bombeiros Militar. Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão na Região Metropolitana do Recife, expedidos pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Olinda e 12ª Vara Criminal de Recife. Mais de R$ 4 milhões em dinheiro e armas de fogo foram apreendidos.
“As investigações da Polícia Civil demonstram de forma muito contundente a capacidade dos nossos investigadores mesmo trabalhando sem qualquer tipo de apoio do governo, seja estrutural, seja de condições de trabalho, seja de valorização do material humano. Esse é o grande problema. O governo não cumpre o seu dever ao longo dos últimos oito anos não ofereceu o mínimo necessário de uma estrutura digna para que os policiais cumpram suas atividades da melhor forma possível”, pontuou a nota do Sinpol-PE.
“O efetivo foi acionado para concentrar-se para realizar a operação no Morro do Peludo, em Olinda, às 4h e trabalhou das 5h até as 19h. Ao longo do dia, (os policiais) não receberam café da manhã, nem almoço, nem a diária referente a este trabalho extraordinário. Um total desrespeito e uma desorganização inaceitável com os Policiais Civis e com profissionais de Segurança Pública. Soma-se a isso a complicação que deu para conduzir e depositar o dinheiro no banco, pois as quantias eram muito altas e os bancos não foram acionados previamente e nem estavam preparados para receber tais quantias”, continuou a nota da categoria.
“O Sinpol-PE segue batendo na tecla de que é preciso que as condições de trabalho sejam resolvidas e melhoradas rapidamente. São situações como essas que massacram, desrespeitam e desmotivam todo o efetivo. Essa falta de profissionalismo acaba prejudicando os policiais e os profissionais de segurança pública na resolução de crimes e consequentemente, a população sofre”, completou.
SILÊNCIO NA POLÍCIA CIVIL
A assessoria de imprensa da Polícia Civil de Pernambuco foi procurada para se posicionar sobre a denúncia, mas não respondeu.