Acusado de estupro, Rodrigo Carvalheira passa por primeira sessão de audiência de instrução

A primeira sessão da audiência de instrução e julgamento de um dos três processos contra o empresário Rodrigo Carvalheira, réu por crimes sexuais, foi realizada nesta segunda-feira (15), no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra, área central do Recife.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (TJPE), foram ouvidas a vítima e todas as testemunhas arroladas na denúncia, em aproximadamente cinco horas. “Diante do adiantado da hora, a audiência foi finalizada por volta das 14h30, sendo redesignada uma audiência posterior para a oitiva das testemunhas arroladas na resposta à acusação e para o interrogatório do acusado”, informou a assessoria de imprensa do tribunal, em nota.

A audiência é referente a um processo por estupro em 2019. Estavam presentes na sessão o Ministério Público, advogados habilitados como assistentes da acusação e advogados da defesa.
Na chegada ao fórum, ao ser questionado pela imprensa se tinha algo a declarar sobre o caso, Carvalheira afirmou que “os humilhados serão exaltados”.
O advogado Wilibrando Albuquerque, que representa o empresário junto aos advogados Thiago Guimarães e Dyego Lima, comentou a avaliação da defesa sobre a sessão em entrevista ao Diario. Segundo ele, a nova audiência deve ser marcada pelo judiciário para o final do mês de agosto.
“Todas elas (testemunhas de acusação) diziam palavras do tipo ‘modus operandi’, mas o cidadão médio não usa esse termo, mas todas as testemunhas usavam essa palavra e não traziam outros elementos. Disseram: ‘ele (Rodrigo) me dava o comprimido e eu apagava’. E perguntavam quanto tempo passava? E elas diziam:  ‘Não lembro’ Outras não se recordam do tempo que aconteceu. A gente questionava e a juíza indeferia. São situações que já são delicadas por si. Não estou aqui para descredibilizar nenhuma vítima, não desrespeito, mas é uma situação estranha, porque não sabem contar: ‘como uma pessoa coloca um comprimido goela abaixo?’. Como a pessoa não sabe precisar o horário que estava em determinado local? Então, como essa pessoa sabe que foi estuprada ou não? Então, assim, são situações nebulosas”, disse o defensor.
“São circunstâncias que trazem uma nebulosidade. Para a defesa, traz inquietação. Qualquer condenação está calcada em provas concretas. É muito difícil, porque as vítimas se uniram, fizeram um grupo e em cima da situação estão fazendo ativismo. Eu continuo acreditando na inocência do meu cliente. Mas é um processo que tem contornos bem delineados. Acredito que não vai se resolver no Recife”, acrescentou.
Fonte: Diário de PE

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