Krav Magá é modalidade que ajuda a salvar vidas
Sancionada em 12 de agosto de 2022, a Lei 14.448/22 instituiu o Agosto Lilás em âmbito nacional, chamando a atenção para o enfrentamento da violência contra a mulher, reforçando a importância da Lei Maria da Penha, vigente desde 2006.
Ações de conscientização precisam ser cada vez mais difundidas, pois, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número de feminicídios foi recorde no ano passado, se comparado à base iniciada em 2015, quando a lei foi legitimada. A pesquisa mostra que um terço das mulheres brasileiras já tiveram algum acontecimento de violência física ou sexual em algum estágio da vida.
Só neste primeiro semestre, no Estado de São Paulo, os casos de feminicídio subiram 36% em relação ao mesmo período de 2022, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP).
Neste cenário, técnicas de defesa pessoal entram como aliadas no combate desses altos índices de violência contra a mulher, como é o caso do Krav Magá, que se destaca pelos golpes curtos e rápidos, visando atingir o agressor nos pontos sensíveis, sem a necessidade de empregar força física.
Segundo Avigdor Zalmon, presidente da Federação Internacional de Krav Magá, a modalidade é bastante procurada pelo sexo feminino, já que a empregabilidade dos golpes corretos consegue neutralizar o oponente. “Dentro de nossos centros de treinamento, mais de 30% dos alunos são mulheres que aprendem a se defender da violência. Além de se sentirem mais seguras, o Krav Magá recupera a autoconfiança e autoestima delas”, informa Zalmon.
Comprando literalmente a briga pela causa da violência contra a mulher, a Federação Internacional de Krav Magá realiza todos os anos eventos gratuitos com o objetivo de ajudar mulheres a se defenderem da violência doméstica e urbana.
Em março deste ano, a Federação realizou um mês de treino especial para as mulheres na Casa da Mulher Brasileira, e ainda arrecadou alimentos não perecíveis que foram entregues à instituição.
“Ensinamos as pessoas a se protegerem, preparando-as para lidar com qualquer adversidade e o que mais me gratifica é saber que por conta do Krav Magá, vidas estão sendo salvas e as mulheres estão cada vez mais conscientes de que saber se defender é prioridade”, finaliza o professor.
Vale ressaltar, que em qualquer caso de violência, o número 180, da Central de Atendimento à Mulher, é próprio para denúncias. Ele presta escuta e acolhida às mulheres em situação de violência. As ligações são gratuitas e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, direcionando as vítimas para os pontos de atendimento mais próximos.