Buracos negros binários: composição ainda é incógnita a ser desvendada pela física

 

FOTO – ESA

Observatório Nacional, instituto de pesquisa vinculado ao MCTI, estuda os restos estelares

Os buracos negros estão espalhados por toda a galáxia e possuem um campo gravitacional intenso. Mas você sabe o que são os buracos negros binários e de onde eles vêm? Detectado através das ondas gravitacionais, os buracos negros binários são os restos de estrelas de grande massa em final de vida.

De acordo com o astrofísico do Observatório Nacional, Ricardo Ogando, é muito comum observar pares de estrelas, que são chamadas estrelas binárias. Um exemplo é a estrela Sirius, na Constelação do Cão Maior – a mais brilhante do céu. A olho nu, a Sirius parece estar sozinha, mas tem uma pequena companheira que é visível apenas por meio de telescópios.

“Os buracos negros são o destino final da ‘vida’ de estrelas de massa muito grandes, várias vezes a massa do Sol. Um par de buracos negros pode ter vindo de um par de estrelas isoladas ou ter sido formado dinamicamente, através de encontros casuais entre aglomerados estelares”, explicou.

Os buracos negros, observados em quantidade através de ondas gravitacionais, são os restos em “cemitérios estelares”, e o tempo de vida das estrelas que os originaram é da ordem de milhões de anos, um tempo de vida curto para uma estrela se comparado ao Sol, que é uma estrela de baixa massa, e vive há bilhões de anos.

Mas a grande incógnita é: de que é composto o buraco negro? “Ninguém sabe o que está dentro dos buracos negros; é um grande mistério. Muitos físicos querem saber que tipo de matéria se forma nessas condições de altíssima densidade”, afirmou o astrofísico.

 

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