Categoria: Opinião

Pesquisa Ipec em Pernambuco: Marília, 33%, Raquel, 12%, Anderson, 11%, Miguel, 9%, Danilo, 8%

Pesquisa Ipec divulgada há pouco, encomendada pela TV Globo, mostra que Marília Arraes (Solidariedade) se manteve na liderança da disputa, com 33% das intenções de voto para o governo de Pernambuco, mesmo percentual apresentado no levantamento anterior do instituto, em 15 de agosto. As informações são do G1/PE.

Em seguida, vêm Raquel Lyra (PSDB), com 12%; Anderson Ferreira (PL), com 11%; Miguel Coelho (União Brasil), com 9%; e Danilo Cabral (PSB), com 8%. Os quatro candidatos continuam empatados tecnicamente no limite da margem de erro, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Raquel e Anderson tiveram um crescimento de 1%, Miguel se manteve com o mesmo percentual e Danilo aumentou 2% nas intenções de voto, o que indica um cenário estável na disputa pelo governo estadual.

Intenção de voto estimulada:

  • Marília Arraes (Solidariedade): 33% (33% na pesquisa anterior, em 15 de agosto)
  • Raquel Lyra (PSDB): 12% (11% na pesquisa anterior)
  • Anderson Ferreira (PL): 11% (10% na pesquisa anterior)
  • Miguel Coelho (União Brasil): 9% (9% na pesquisa anterior)
  • Danilo Cabral (PSB): 8% (6% na pesquisa anterior)
  • João Arnaldo (PSOL): 2% (1% na pesquisa anterior)
  • Pastor Wellington (PTB): 1% (0% na pesquisa anterior)
  • Claudia Ribeiro (PSTU): 1% (1% na pesquisa anterior)
  • Jones Manoel (PCB): 1% (1% na pesquisa anterior)
  • Jadilson Bombeiro (PMB): 0% (1% na pesquisa anterior)
  • Ubiracy Olímpio (PCO): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Brancos e nulos: 13% (17% na pesquisa anterior)
  • Não souberam: 9% (9% na pesquisa anterior)

A pesquisa ouviu 1.200 pessoas entre os dias 27 e 29 de agosto em 51 municípios. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o código BR-08477/2022.

Xadrez político já chega a 2024

A movimentação política tem sido intensa nos últimos dias, não apenas a nível nacional, com o anúncio da desistência da candidatura do ex-governador de São Paulo, João Dória (PSDB), ao Palácio do Planalto, ou no âmbito estadual, com o xadrez jogado duramente pelos pré-candidatos à majoritária. E não é diferente aqui no Sertão Central, onde o cenário político também está quente.

Na começo da tarde desta terça-feira (24), o vice-prefeito de Salgueiro, Edilton Carvalho, deu uma declaração ao blogueiro Didi Galvão, de Cabrobó, afirmando não ter mais interesse em disputar nenhum cargo eletivo. O vice disse que não será mais candidato “nem a presidente de bairro”, demostrando insatisfação com a política e deixando margem para um provável rompimento com o prefeito Marcones Sá (PSB).

 A informação caiu como uma bomba no meio político local e nas hostes socialistas, que até agora deram “calado como resposta”.

Como agente político de expressividade regional, e devendo uma satisfação aos seus eleitores, o vice-prefeito precisa responder alguns questionamentos, a seguir:

1- Edilton Carvalho vai renunciar ao cargo que exerce, recentemente outorgado pelo povo de Salgueiro?

2 – Vai se afastar politicamente do grupo que ganhou as eleições municipais em 2020?

3 – Por que suas declarações foram dadas a um veículo de comunicação de outra cidade, sendo Salgueiro servido de tantas emissoras de rádio e outros meios de comunicação?

4 – Suas indicações políticas a cargos de confiança ocupados em algumas secretarias municipais serão entregues?

Tendo a fala do vice-prefeito ao referido blog da cidade vizinha deixado mais perguntas do que respostas, é por demais salutar que o político responda essas indagações, em atenção ao povo de Salgueiro, incluindo os seus eleitores, e os microfones da Salgueiro FM estão à sua disposição. É seu dever, como pessoa pública, que exerce mandato eletivo, se pronunciar.

Perguntar não ofende: Estaria Dr Edilton, na cova dos leões, tal qual o personagem bíblico Daniel?

”Tragédia anunciada”, lamenta Miguel Coelho sobre queda de teto do Hospital da Restauração

Uma cena de terror. O que vimos acontecer hoje no Hospital da Restauração aperta o coração e nos faz perguntar como deixamos isso acontecer em Pernambuco. A queda do teto de um hospital desse porte é algo que nos envergonha nacionalmente, mas infelizmente é uma tragédia anunciada. Quantas matérias e vídeos já vimos sobre gente deitada nos corredores? Quantas vezes médicos, enfermeiros, técnicos e demais funcionários do HR, sob anonimato, já denunciaram o descaso com um dos principais equipamentos de saúde pública de Pernambuco?

Hoje, não foi uma peça de ficção. Vimos, chocados, a dura realidade do fracasso da política pública de saúde de nosso estado. Mais do que isso, assistimos ao desleixo com Pernambuco e, principalmente, com o povo mais simples que precisa de um atendimento humanizado, mas é obrigado a sobreviver na indignidade e no perigo.

Presto minha solidariedade às famílias dos pacientes que foram afetados por essa tragédia. Também manifesto meu sentimento de respeito a cada funcionário que trabalha em condições tão precárias, são heróis do cotidiano e do serviço público.

Esse triste episódio nos faz lamentar, mas também refletir. É tempo de tirar os pernambucanos dessa situação de indignidade e voltar a ter esperança e um pouco de respeito.

Miguel Coelho – ex-prefeito de Petrolina e pré-candidato a governador

Plataformas de trabalho digitais são predatórias, exploradoras e mortais, afirma professora

 

Acostumada a acompanhar de perto as impactantes inovações das ‘big techs’ do Vale do Silício, nos Estados Unidos da América (EUA), a professora de Direito da Universidade da Califórnia Veena Dubal abriu a programação do 20º Congresso Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Conamat), nesta quinta (28/4), em Ipojuca (PE), destacando o caráter predatório e explorador de novos modelos de trabalho.

Veena foi a conferencista do tema “O homem, a máquina. Uma reflexão dentro da transformação tecnológica sem precedentes”. Para a pesquisadora, o mundo vive uma nova forma de ‘colonialismo’, um ‘novo imperalismo’, recriando economias exploratórias e novas configurações de colonialismo. ‘Essa ‘inclusão’ é predatória — é exploradora e mortal. As práticas trabalhistas repetem as interações precoces do trabalho extrativista do o colonialismo.’

A professora e advogada explicou que os trabalhadores das plataformas digitais, ao contrário de serem microempreendedores ou responsáveis pelo seu próprio destino como argumentam as empresas, são ‘controlados’ contratualmente, com a utilização ‘invisível’ de algoritmos, vigilância de dados e supressão salarial intrínseca ao modelo de negócio. ‘O que encontrei em mais de uma década de pesquisa etnográfica entre os trabalhadores de plataformas digitais, incluindo motoristas de Uber e trabalhadores da Amazon, foi uma economia imoral, mascarada por uma suposta liberdade, flexibilidade e oportunidade’.

O juiz do Trabalho da 6ª Região (PE) Hugo Cavalcanti Melo Filho, que presidiu a mesa da conferência, destacou a importância do tema no contexto de uma guerra jurisprudencial que se vive no Brasil: ‘vamos admitir a narrativa de que os trabalhadores de plataformas são autônomas, microempresários, ou reconhecer a condição de trabalhadores subordinados empregados?’.

O Conamat:

Aberto a quarta (27), no distrito de Porto de Galinhas, em Ipojuca (PE), o 20º Congresso Nacional de Magistrados da Justiça do Trabalho (Conamat), é o principal evento científico da categoria e reúne mais de 400 juízes, desembargadores e ministros de todo o Brasil, além de especialistas de pelo menos cinco países e diversas áreas profissionais, como direito, comunicação, educação e inovação.

O Congresso segue até sábado (30). Estão na pauta, por exemplo, o cenário que trabalhadores e empregadores irão enfrentar nos próximos anos, com novas tecnologias revolucionando suas atividades e com as mudanças em curso no mercado laboral, nas relações de emprego e na legislação trabalhista.

 

Opinião: UNIVASF, que agora podemos chamar de nossa!

Na manhã desta segunda-feira (25), em Sessão Ordinária, os Vereadores de Salgueiro aprovaram em 1ª e 2ª votação, por unanimidade, o Projeto de Lei n° 12 de 2022 do Executivo, que autoriza o Município de Salgueiro, por meio do Chefe do Poder Executivo Municipal, a doar imóvel de sua propriedade, em favor da Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF.

Trocando em miúdos. A Câmara permitiu que o prefeito renovasse a doação de um terreno, que já havia sido doado, e teve a sua concessão de dois anos vencida. É, caro leitor, parece simples mas para esse projeto sair da gaveta, os alunos da Univasf comeram o “pão que o diabo amassou”.

Ouso falar sobre este tema, porque é um assunto que acompanhei de perto, fizemos uma cobertura completa, passo a passo. Ouvimos a Reitoria, professores, estudantes, políticos e engenheiros. Toda a comunidade acadêmica de A a Z almejava a Univasf ali, na antiga estação ferroviária, coração de Salgueiro.

Por outro lado um ambiente político enciumado, polarizado e, me permita, boçal, não assegurou que a Universidade prosseguisse o seu curso rumo ao campus em terreno próprio, um orgulho para os estudantes do nosso sertão.

O prefeito Marcones (PSB) comprou uma briga desnecessária, infantil. Como dizemos aqui no sertão, “coisa de menino ruim”. Nem ao primeiro escalão do governo deu ouvidos, que aconselhara, naquele momento,  o prefeito a ceder.

Demorou mas cedeu, baixou a cabeça e ouviu o povo. Agora é deixar as diferenças de lado, e buscar mais investimentos para construção do campus. Oxalá, que nossos filhos e netos tenham uma Universidade presente, forte, encorajadora, transformadora, acessível e igualitária.

 

Ministro do Turismo prestigia Paixão de Cristo em PE

Carlos Brito, ministro do Turismo, acompanhado do presidente da Embratur, Silvio Nascimento, foram prestigiar o espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, município de Brejo da Madre de Deus, no último sábado, dia 9.

De carona,  os pré-candidatos a governador de Pernambuco, Anderson Ferreira e, a senador, Gilson Machado Neto acompanharam os representantes do Palácio do Planalto.

“Este evento é a cara de Pernambuco e do Brasil. Além da representatividade religiosa, a Paixão de Cristo traz impactos significativos para o nosso setor, ofertando empregos e desenvolvimento para todas as cidades abordadas pelo evento. Contem com o Ministério do Turismo e o governo federal para que este evento seja mais uma vez um grande sucesso”, afirmou o ministro Carlos Brito.

 

A temporada 2022 da Paixão de Cristo vai até o próximo sábado. OS ingressos, que custam R$ 200,00 inteira e R$ 100,00 meia-entrada , podem ser adquiridos pelo site oficial e parcelado em até 12 vezes.

Mudanças à vista

Bastidores apontam para uma possível troca de cadeiras na Câmara de Vereadores de Salgueiro. Como este blog informou, o ex-vereador Vadinho é pré-candidato a deputado estadual pelo PL e dá adeus ao PSD. A saída de Vadinho abre espaço para o segundo suplente de vereador, João Nelson (PSD).

É de conhecimento público que Fabinho Lisandro (Patriota) corre o Estado angariando apoios para sua pré-campanha e, muito provavelmente, no período de campanha eleitoral, o vereador Flavinho (PSD), seu irmão, peça licença do mandato para se dedicar a campanha de Lisandro, cedendo assim a vaga na Casa Epitácio Alencar para Nelson.

É importante salientar que o que abordamos aqui é uma leitura de cenário. Todavia, como reza os versos de Accioly Neto, na canção: A Natureza das Coisas; ” amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada…”

Na história: o golpe militar de 1964

 

 

Há exatos 58 anos acontecia o golpe militar de 1964, dando inicio a um regime de exceção que durou duas longas décadas. Pernambuco foi golpeado com a cassação do mandato do governador Miguel Arraes de Alencar, que foi deposto e exilado com sua família na Argèlia. Mas Arraes “entrou pela porta que saiu” do Palácio do Campo das Princesas 20 anos, pelo o voto dos trabalhadores e trabalhadoras de Pernambuco. Viva Arraes e a Democracia!

Jornalista Machado Freire

As eleições em Pernambuco

Por Marcelo Teixeira*

O candidato de situação foi muito bem escolhido. Trata-se de um político do ramo, nascido e criado no meio. O pai foi, desde deputado a presidente do Tribunal de Contas. Danilo Cabral, há oito anos atrás, era o preferido de Eduardo Campos para lhe suceder.

Paulo Câmara teve uma forte proteção familiar liderada por Roberto Viana e o conselheiro João Campos. Ambos trabalharam bastante, junto com Romeu Baptista e Ettore Labanca. Danilo no aguardo de sua vez, e eis que, em 2022, chegou a hora.

Danilo conhece tudo de Pernambuco: foi secretário de Administração do Recife na gestão de João Paulo, deputado estadual, secretário de Educação, e das Cidades, gestão de Eduardo Campos, exerce o terceiro mandato de deputado federal e é concursado do Tribunal de Contas de Pernambuco. Sem dúvidas, apresenta-se o mais experiente para ser candidato do PSB.

Pernambuco caminha para uma disputa com três candidatos da oposição, também de família política, a começar pelo mais velho, Anderson Ferreira.  Político tarimbado, ex-deputado federal e atual prefeito da maior cidade depois da capital, Jaboatão dos Guararapes. Além disso, o pai, o irmão e o cunhado são parlamentares em exercício dos mandatos.

Raquel Lyra, ex-delegada da Polícia Federal, procuradora licenciada do Estado de Pernambuco, ex-secretária do Governo de Eduardo Campos, deputada estadual por duas legislaturas, prefeita de Caruaru reeleita. Família política, o avô, João Lyra, foi duas vezes prefeito de Caruaru, deputado Estadual e Federal. O pai, João Lyra Neto, duas vezes prefeito de Caruaru, deputado estadual, vice-governador por duas vezes e governador do Estado substituindo Eduardo Campos. O tio, Fernando Lyra, deputado estadual, seis vezes federal e ministro da Justiça.

Miguel Coelho, o mais jovem deputado estadual de Pernambuco, é prefeito reeleito de Petrolina. Filho de família política, o irmão é deputado federal pela segunda vez e foi Ministro de Estado. O pai, secretário de Estado, ministro, prefeito duas vezes de Petrolina, deputado federal e, atualmente, senador da República.

Examinando as eleições passadas, não vi nenhuma com todos os principais candidatos trazendo laços familiares, políticos e experiências administrativas tão marcantes. Também não detectamos esse fenômeno em outros estados.

Daí vamos para a disputa. A eleição não é solteira: vamos ter presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual. O conjunto vai para a disputa com o somatório de tempo na propaganda gratuita, apoio dos prefeitos e vereadores, também segmentos sociais, órgãos de classe, sindicatos, personalidades do estado e nacionais. Juntando-se a esses ativos intangíveis, vem a reboque o dinheiro do fundo partidário. A partir dessa junção, no fim do mês de março, os candidatos começam a colocar as cartas na mesa. Será o momento inicial no qual políticos, a imprensa e o povo passarão a fazer as comparações.

O peso do conjunto é que define as eleições, começando pelo candidato a presidente. A reboque, temos as estruturas das máquinas públicas, federal, estadual e municipal, o candidato a senador, as chapas de federal e estadual. Para esse conjunto de forças não funcionar com superioridade, é preciso que você tenha um candidato com um conjunto mais fraco, mas que ele seja muito superior, a exemplo de Arraes contra Gustavo Krause. E olhe que Arraes foi exceção. Em uma reunião na casa dele, eu disse: “Dr. Arraes, nessa eleição, ou o senhor é exceção, ou a maior surpresa das eleições no Brasil. Apesar da disputa com um candidato muito mais fraco, o senhor tem que vencer contra o plano Real e as máquinas públicas federal, estadual e municipal”. Assim foi.

Temos muitas experiências desse tipo, onde o derrotado cria a desculpa, tipo “foi por não ter apoiado o fulano para presidente”, “foi por não colocar uma mulher na vice”, “se tivesse mais uma semana de campanha…” e por aí vai.

Eleição é matemática. Não tem zebra. Quando termina, que você examina nos detalhes, verá que o resultado foi matemático.

Outra situação interessante: os quatro candidatos ao governo de Pernambuco têm realizações para mostrar aos pernambucanos. A população vai examinar, pensar e olhar o que fizeram de mais importante e que pode ser útil e bom para o Estado.

Diversos candidatos a governador se somam contra o do governo, facilitando a ocorrência do segundo turno. É vantagem para a oposição. Já para o senado, é divisão para os de oposição – não tem soma. Assim, o quadro favorece o da situação. Como exemplos, temos Mendonça governador e Jarbas senador. Na oposição, Humberto e Eduardo somaram para fazer o segundo turno, ambos apoiando e puxados por Lula. Já para o senado, Jorge Gomes e Luciano dividiram, facilitando a eleição de Jarbas. No geral, as eleições são puxadas de cima para baixo. Vejam Fernando Henrique ou Lula, especialmente no Nordeste. Quando eleitos, levaram junto a grande maioria dos candidatos locais. Assim foi também com Haddad no Nordeste, na eleição de 2018.

Outra questão interessante é sobre o filho da terra. Em 2014, Marina venceu Dilma e Aécio em Pernambuco no primeiro turno. Diante da comoção do acidente que vitimou Eduardo Campos, Marina, como a candidata a vice-presidente e que substituía Eduardo na eleição, herdou os votos dos pernambucanos. É normal o candidato a presidente vencer em seu reduto. Lembremos de Brizola no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, Ciro no Ceará e Collor em Alagoas. Vamos ver se neste ano, para governador, Petrolina, Caruaru e Jaboatão farão frente à forte estrutura do PSB em todo o estado.

*Publicitário e especialista em campanhas eleitorais

Edir Macedo usa jornal da Igreja Universal para fazer campanha contra Lula e o PT e favorecer Bolsonaro

A Igreja Universal, do Bispo Macedo, dono também da Record TV,  tem utilizado seu jornal impresso semanal para desferir ataques a Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT. A  igreja é apoiadora de Bolsonaro (PL) que hoje está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente petista.

A Folha Universal, que completou 30 anos de existência neste mês e tem tiragem de 1,7 milhão de exemplares, tem publicado seguidos textos que contêm ataques ao principal concorrente eleitoral do atual presidente.

Alguns artigos, embora identificados como “editoriais” são assinados pelo advogado Denis Farias, do Pará, que é fiel da igreja e já ocupou cargo em governo do Republicanos, partido associado à denominação neopentecostal. Outros não têm assinatura.

Em nota, a assessoria de comunicação da Universal diz que “todo texto de opinião assinado pelo autor que é publicado na Folha Universal, ou em qualquer jornal, sempre reflete o ponto de vista de quem o redigiu, e pode, ou não, coincidir com as convicções do veículo.”

Os editoriais são considerados espaços nobres e de destaque, nos quais são publicados textos que expressam a visão consolidada de um jornal.

Em sua edição desta semana, a Folha Universal apresenta o editorial “As Portas do Inferno Não Prevalecerão…”, assinado por Farias.

O texto abre com uma citação: “Jesus Cristo encorajou o apóstolo Pedro e seus discípulos, garantindo que as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja que Ele iria edificar (Mateus 16:18)”.

O artigo então segue para exemplos de governos comunistas e socialistas, inspirados pelas “ideias satânicas de Karl Marx”, que se voltaram contra o Evangelho e passaram a perseguir os cristãos.

O autor diz que, no Brasil. “temos a chance de deter o avanço do comunismo e do socialismo”. A forma de fazer isso seria “rechaçando nas urnas Lula e a sua legião de partidos de esquerda nas eleições para presidente e para o Congresso Nacional. Tal como para as demais casas legislativas e governos estaduais.”

A tiragem desta edição é de 1,7 milhão de exemplares. Em 2021, a igreja publicou 80.016.875 de cópias da Folha Universal.

* Com informações da coluna Painel da Folha de São Paulo

Comunicadores de Pernambuco se reúnem em Serra Talhada

A Associação das Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco (ASSERPE), realizou, nesta quinta-feira (17), em Serra Talhada, a primeira reunião setorial de radiodifusores em 2022.

Com o tema “O poder do rádio”, a 153ª Reunião Setorial teve formato presencial este ano.

Tendo como convidados Ivan Feitosa e Júlio Pascoal, o evento reuniu gestores, diretores e comunicadores de todo o sertão e região metropolitana

A Rede Brasil de Comunicações se fez presente na pessoa do diretor-geral, Gennedy Patriota e comunicadores da Salgueiro FM, Sertânia FM e Lagoa Grande FM.

PT de Pernambuco apoia candidato ao Senado com 1% dos votos

Se o PT de Pernambuco estivesse de fato interessado em indicar o nome mais forte que tem para o Senado, não haveria mais o que discutir – seria o de Marília Arraes, deputada federal, que, por uma margem estreita de votos, não se elegeu prefeita do Recife há dois anos. Perdeu para seu primo João Campos (PSB).

Mas o senador Humberto Costa, que manda no PT, detesta Marília e sabotou sua candidatura a prefeita. O PSB apoiará Lula para presidente, como já foi anunciado, mas a seção pernambucana do partido se opõe à candidatura de Marília ao Senado. Se eleita, daqui a quatro anos, ela poderia disputar o governo.

E o governo está reservado para João, filho do ex-governador Eduardo Campos e bisneto do ex-governador Miguel Arraes. Marília é neta de Arraes. Se der certo, o plano de João é se reeleger prefeito em 2024, e dois anos depois eleger-se governador. Este ano, o candidato do PSB ao governo é o deputado Danilo Cabral (que organizou o golpe contra Dilma Rousseff, em 2016).

Pesquisas recentes de intenção de voto põem Marília nas alturas como eventual candidata ao Senado. Ela teria pouco mais de 25%, quase 10 pontos à frente do segundo colocado, Armando Monteiro Neto (PSDB). O deputado Carlos Veras (PT), candidato apoiado pela cúpula do seu partido, aparece com 1%.

Menos do que isso tem o ministro do Turismo, o sanfoneiro Gilson Machado (PSC), candidato de Bolsonaro. Machado está em penúltimo lugar, com 0,6% das intenções de voto. Para presidente, Lula tem no estado em que nasceu o triplo dos votos de Bolsonaro.

Por: Blog do Noblat

O conflito na Ucrânia e o impacto econômico no Brasil em debate na entrevista da 102

A economista, professora e coordenadora do Colegiado de Economia da Facape (Faculdade de Petrolina), Socorro Macedo, explica como a guerra entre Rússia e Ucrânia afeta o Brasil e a região do Vale de São Francisco, amanhã, na 102.9.

 

A região onde estes países estão localizados é uma grande produtora de milho, trigo e, principalmente, petróleo, uma guerra dentro dessa localidade reduz esse processo produtivo. Ou seja, a oferta de produtos se torna menor e a exportação se torna comprometida.

Segundo a pesquisadora, a redução da quantidade exportada nessa região, significa que a produção brasileira e de outras regiões serão mais atrativas para o comércio internacional, tornando os produtos ainda mais caros para o mercado interno.