O Saraus em Pasárgada, iniciativa da Secult-PE/Fundarpe, celebra nesta sexta-feira (13), um dos maiores talentos da cultura pernambucana e nacional. Com o tema “Rios, Pontes e Overdrives- Homenagem a Chico Science e poetas que cantam o Recife”, o projeto lembra os 25 anos da partida do maior expoente do movimento manguebit.
Para participar da ação virtual, as pessoas interessadas podem gravar um poema, cantando ou declamando, postar no próprio perfil do Instagram e marcar os canais oficiais do Espaço Pasárgada (@manuelbandeira.pasargada) e Secretaria de Cultura (@culturape). Serão bem-vindos poemas que falam do Recife, do rio e da poética do mangue. Na sexta, a partir das 18h, eles serão repostados.
“A ideia desta edição é homenagear Chico Science e seu legado, aproveitando para lançar uma luz em toda a cena que se construiu com ele e durante estes mais de 30 anos do movimento mangue. A partir daí, lançar um olhar para os poemas que falam da nossa cidade. Para a poesia que veio antes, durante e depois. Que vê a cidade a partir do rio, do mangue, e das suas múltiplas relações”, explica Marília Mendes, gestora do Espaço Pasárgada.
Francisco de Assis França nasceu em Olinda, no dia 13 de março de 1966. Sob a alcunha de Chico Science, gravou os aclamados álbuns “Da lama ao caos” e “Afrociberdelia” com a Nação Zumbi.
Chico Science foi considerado um dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira, em votação com especialistas organizada, em outubro de 2008, pela revista Rolling Stone. O malungo ocupou o 16ª lugar. O artista faleceu no dia 2 de fevereiro de 1997, em um acidente de carro.
ESPAÇO PASÁRGADA
Foi no sobrado nº 263 da Rua da União, hoje Espaço Pasárgada, onde o poeta Manuel Bandeira viveu parte da sua infância, dos seis aos dez anos. O casarão em estilo neoclássico, de propriedade do avô de Bandeira, inspirou vários de seus poemas.
Em 19 de abril de 1986, dia do centenário de nascimento do poeta, a já conhecida Casa de Manuel Bandeira foi inaugurada com o nome de Espaço Pasárgada.
O prédio, construído em 1825 e tombado pelo Governo do Estado, através da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), em 1983, passou a funcionar como um espaço de preservação da obra do poeta e de fomento à literatura.