Com a proximidade do Dia das Mães, Aldeias Infantis SOS destaca trabalho de suas Mães Sociais

Profissionais são essenciais para o desenvolvimento das crianças e jovens que vivem em situação de acolhimento

Com a proximidade das celebrações do Dia das Mães, no segundo domingo de maio, a Aldeias Infantis SOS, Organização que lidera o maior movimento de cuidado infantil do mundo, não poderia deixar de falar sobre o importante trabalho de suas Mães Sociais, profissionais que cuidam integralmente de crianças e adolescentes que perderam o cuidado de suas famílias e que estão em acolhimento.

As Mães Sociais atuam em Casas Lares, espaços familiares e comunitários que abrigam até 10 crianças, com o suporte de uma equipe multidisciplinar, composta por coordenador, assistentes sociais e psicólogos. Capacitadas em cuidados infantis, essas profissionais gerenciam as Casas com autonomia, oferecendo orientações e respeitando a origem familiar, as raízes culturais e a religião de cada um. É levada em consideração as particularidades de cada núcleo familiar, numa rotina de cuidado e proteção, de forma individualizada.

Marcia Penha da Silva Guedes é Mãe Social na unidade da Aldeias Infantis SOS de Poá há seis anos e conta um pouco sobre a importância do amor no acolhimento. “O cuidado é dar amor, uma casa limpa e boa comida, além de oferecer educação, para que a criança se desenvolva e não cresça agindo de forma errada. Todo o trabalho é muito gratificante, pois, ao sair da unidade, com 18 anos, o jovem terá todas as condições de ser bem-sucedido”, afirma.

Para ser considerada apta à função, a profissional deve ter no mínimo 25 anos de idade, ter concluído o Ensino Fundamental e passado pelos treinamentos, estágios e testes psicológicos obrigatórios. A profissão exercida por elas é regulamentada pela Lei 7.644/1987.

A Organização toma o cuidado de preservar os laços familiares já existentes para que irmãos biológicos acolhidos não sejam separados. A Vara de Infância, após receber denúncias de situação de desproteção ou risco, encaminha a criança ou o adolescente para a Aldeias Infantis SOS, e a Organização assume a guarda provisória e excepcional confiada a ela.

Nas unidades, são garantidos direitos básicos como alimentação, educação, saúde, lazer e o direito à convivência familiar e comunitária, na qual as crianças crescem e aprendem juntas, compartilham responsabilidades, trabalham conflitos e limites da vida cotidiana. Os núcleos familiares estão inseridos no meio comunitário, onde as crianças, adolescentes e jovens têm a oportunidade de participar ativamente da realidade local.

“Preparamos os acolhidos para a vida, com dignidade e amor, mostrando que eles podem viver bem enquanto estiverem na Casa Lar e viver bem quando estiverem na vida. Aqui, ensino compromisso, responsabilidade, organização com as finanças e busco orientá-los muito. Meu sonho é ver todos eles bem e, quando vejo que se tornaram adultos de bem e felizes, fico muito satisfeita e realizada”, destaca Rosa Souza dos Santos, Mãe Social da Aldeias Infantis SOS há 28 anos e atualmente está na unidade de Campinas.

A Aldeias Infantis SOS segue trabalhando para oferecer um atendimento cada vez mais completo e individualizado às crianças e jovens assistidos, contando com o amor e a dedicação de suas Mães Sociais.

Sobre a Aldeias Infantis SOS

A Aldeias Infantis SOS (SOS Children’s Villages) é uma organização global, de incidência local, que atua no cuidado e proteção de crianças, adolescentes, jovens e suas famílias. A organização lidera o maior movimento de cuidado infantil do mundo e atua junto a meninos e meninas que perderam o cuidado parental ou estão em risco de perdê-lo, além de dar resposta a situações de emergência.

Fundada na Áustria, em 1949, está presente em 138 países. No Brasil, atua há 55 anos e mantém mais de 80 projetos, em 32 localidades de Norte ao Sul do país. Ao trabalhar junto com famílias em risco de se separar e fornecer cuidados alternativos para crianças e jovens que perderam o cuidado parental, a Aldeias Infantis SOS luta para que nenhuma criança cresça sozinha.

 

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