Hoje dia da Consciência Negra, indiscutivelmente ainda precisamos avançar no combate as desigualdades e na promoção da cidadania sem distinção de raça ou etnia. O dia 20 de novembro é um momento importante de reflexão e de reconhecimento da luta histórica dos negros por igualdade e pelos direitos humanos.
Apesar dos avanços conquistados ao longo dos anos, ainda há muito a ser feito para combater as desigualdades raciais e promover a verdadeira inclusão e cidadania para todos. O racismo estrutural persiste, limitando oportunidades e relegando muitos negros a condições sociais desfavoráveis.
É fundamental que as instituições, tanto públicas quanto privadas, adotem políticas efetivas de equidade racial, garantindo acesso igualitário à educação, ao trabalho, à saúde e à justiça. É necessário promover ações afirmativas, que priorizem a inclusão de negros em espaços de poder e decisão, assim como em setores em que historicamente são sub-representados.
Além disso, é preciso combater os estereótipos, preconceitos e discriminações presentes no cotidiano da sociedade. A educação anti-racista é uma ferramenta indispensável na desconstrução desses paradigmas, possibilitando uma sociedade mais justa e igualitária.
A luta contra as desigualdades raciais é responsabilidade de todos, não apenas dos negros. É preciso que a sociedade como um todo se engaje na construção de um país mais inclusivo e que valorize a diversidade. É necessário que ações afirmativas sejam promovidas e respeitadas, e que os direitos dos negros sejam garantidos e respeitados plenamente.
No dia da Consciência Negra, é importante refletir sobre o papel de cada um na promoção da igualdade racial e no combate ao racismo. Somente com esforços conjuntos e contínuos poderemos avançar em direção a uma sociedade mais justa, onde todos possam desfrutar de direitos e oportunidades de forma igual.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no 2º trimestre de 2022, o Brasil possui uma população negra de 55,8% – ou seja, o equivalente a mais da metade da população.
Saiba o que é o Dia da Consciência Negra, sua importância e por que a data foi instituída para ser celebrada no dia 20 de novembro de cada ano.
Por que o Dia da Consciência Negra é comemorado em 20 de novembro?
A data conhecida como Dia da Consciência Negra faz parte do calendário escolar desde 2003, quando há 20 anos a Lei Federal 10.639 instituiu o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas. Mas foi só em 10 de novembro de 2011 que o governo oficializou a data como Dia Nacional de Zumbi e Dia da Consciência Negra pela lei 12.519, como explica o site do Ministério da Cultura do Brasil. A lei, no entanto, não considerou o dia como feriado nacional.
A escolha de 20 de novembro é uma referência à morte de Zumbi dos Palmares (homem negro pernambucano que nasceu livre e foi escravizado aos seis anos de idade), que faleceu nesse dia, no ano de 1695.
Zumbi foi a liderança mais conhecida do chamado Quilombo dos Palmares, que se localizava na Serra da Barriga, no interior de Alagoas, segundo o site do MEC.
Sua vida de luta pela liberdade do povo negro e sua resistência à opressão e à escravidão fizeram de Zumbi um símbolo para a população negra – e para toda a sociedade brasileira.
