Nesta quinta-feira (7), a 21ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro retirou Ednaldo Rodrigues da cadeira de presidente da CBF, cargo ocupado por ele desde agosto de 2021.
A decisão, que cabe recurso, tomada por unanimidade pelos desembargadores do órgão, baseia-se na compreensão dos magistrados acerca do Termo de Acordo de Conduta (TAC), assinado entre a CBF e o Ministério Público. Para eles, o documento é ilegal pelo órgão não possuir legitimidade para intervir em assuntos da Confederação.
Quem assume?
José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), assume o cargo de maneira provisória. A Justiça determinou que haja uma nova eleição em 30 dias. A decisão na Justiça foi unânime. Votaram pela destituição de Ednaldo Rodrigues o relator Gabriel Zéfiro e os desembargadores Mauro Martins e Mafalda Luchese.
Ednaldo na CBF
Ednaldo ascendeu ao cargo máximo da CBF depois de uma série de polêmicas envolvendo seus antecessores no cargo. Após o banimento de Marco Polo Del Nero sob acusação de corrupção, Rogério Caboclo foi eleito para um mandato entre 2019 e 2023.
Dois anos depois, em julho de 2021, Caboclo estava afastado da confederação sob denúncias de assédio sexual quando a Justiça do Rio de Janeiro determinou uma intervenção no órgão. No mês seguinte, os vices da CBF se reuniram e nomearam Ednaldo como presidente de forma interina.
No ano seguinte, Ednaldo e o MP-RJ assinaram um novo TAC, determinando novas regras eleitorais. Sob essas diretrizes, Ednaldo foi aclamado presidente da CBF para um mandato de quatro anos.
A Justiça afirma, portanto, que Ednaldo não poderia ter assinado o TAC enquanto presidente interino, já que poderia se beneficiar das novas regras eleitorais.