Em dia de folga no Egito, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja da Silva visitaram as pirâmides próximas da capital, o Cairo, e a esfinge.
Lula chegou ao Cairo mais cedo. No Egito, ele começa um giro de viagens oficiais pela África. Depois, o presidente vai para a Etiópia. Lula também visitou as Pirâmides de Gizé em viagem oficial em 2003, no primeiro ano de seu primeiro mandato como presidente. Ele estava acompanhado da então primeira-dama Marisa Letícia, que faleceu em 2017.
Egito e Etiópia passaram a integrar o Brics neste ano. O grupo, que reúne algumas das principais economias emergentes do mundo, conta com a presença do Brasil desde a fundação. O governo brasileiro apoiou a ampliação e a entrada dos dois países africanos.
Compromissos no Egito
Segundo o Itamaraty, a agenda de Lula no Cairo, na quinta-feira (15), prevê duas reuniões com o presidente egípcio, Abdel Fatah Al-Sisi. Uma dessas reuniões será privada (entre os dois e intérpretes) e uma será ampliada (da qual costumam participar integrantes dos dois governos).
Devem integrar a comitiva brasileira, além de Lula e Janja, o chanceler Mauro Vieira, o assessor especial de Lula Celso Amorim e a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos.
Em comunicado divulgado à imprensa nesta terça, o Ministério das Relações Exteriores informou que os dois presidentes discutirão nos encontros as mudanças climáticas e a guerra entre Israel e o Hamas.
A guerra começou em outubro do ano passado, após o grupo terrorista atacar Israel. Milhares de pessoas morreram na região. Desde que o conflito começou, o Brasil repatriou cerca de 1,5 mil cidadãos que estavam na região de conflito e pediram ajuda ao governo para retornar ao país.
Desse grupo, 115 eram brasileiros que viviam na Faixa de Gaza — que faz fronteira com o Egito — e só puderam retornar ao país após o Egito abrir as fronteiras.
Etiópia
No segundo destino da viagem, Lula deverá ter reuniões com autoridades locais e participar da Assembleia da União Africana. O grupo passou a integrar o G20, obtendo o mesmo status da União Europeia junto à entidade.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o discurso do presidente ainda não está finalizado, mas Lula deverá reforçar as oportunidades de cooperação entre os países africanos e o Brasil, acrescentando que, durante a presidência brasileira do G20, os três eixos centrais do grupo são:
- inclusão social com combate à fome e à pobreza;
- desenvolvimento sustentável e transição energética;
- reforma da governança global.
Sobre este último ponto, Lula tem defendido, por exemplo, que ao menos um país africano tenha representante no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) — Lula também tem defendido que o Brasil, a Alemanha e o Japão também passem a integrar o grupo.