O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram, na noite deste domingo (5/11), o balanço do primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem.
Segundo dados da pasta, divulgados pelo ministro Camilo Santana, 28,1% dos inscritos se ausentaram no primeiro dia, média que ficou próxima ao do ano passado. Em 2023, 3.939.242 inscrições foram confirmadas, 13,1% a mais do que em 2022. Camilo celebrou que o governo conseguiu conter a queda no número de participantes nos anos anteriores.
Dos alunos que foram fazer a prova, 4.293 foram eliminados por usarem equipamentos eletrônicos, uso de materiais impressos, não seguir orientações dos fiscais ou por saírem do local antes do horário mínimo, duas horas após o início do exame. Outros 905 estudantes foram afetados por problemas logísticos e não puderam fazer a prova. O ministério frisou, porém, que os dados são parciais e podem mudar. Foram apuradas, até as 20h de hoje, 98,3% das informações.
“Foi um ano em que a gente conseguiu reverter um pouco a tendência que era decrescente das inscrições do Enem. Cerca de 500 mil a mais do que em 2022. É o esforço que o governo tem feito para retomar que os jovens realizem o Enem, e o sonho de entrar em uma universidade”, declarou o ministro.
Amazonas teve a maior taxa de abstenção: 44%. O Acre vem em segundo, com 33%. Camilo destacou que, em São Paulo, onde havia preocupação com os efeitos das chuvas e da interrupção do fornecimento de energia elétrica, teve uma abstenção abaixo da média nacional, de 26,8%.
“Todas as escolas de São Paulo tiveram a aplicação da prova”, frisou o ministro, citando que o Ministério de Minas e Energia atuou para garantir o fornecimento de energia nos locais de aplicação.
Além de Camilo, participou também da coletiva o presidente do Inep, Manuel Palacios. Questionado sobre a manutenção do índice de abstenção em relação ao ano passado, Palacios destacou o aumento no número de inscrições. “O percentual se manteve, mas temos muito mais jovens fazendo o Enem nesta edição”, pontuou.
A aplicação do Enem envolveu 1.750 municípios, com 9.396 locais de prova, 1.086 coordenadores e 132.413 salas de aplicação.
PF realiza diligências por fotos divulgadas
Os dois comentaram ainda a divulgação de fotos da prova identificadas após o início da aplicação da prova. Os participantes não podem usar equipamentos eletrônicos. Mais cedo, o Inep acionou a Polícia Federal, que investiga os fatos.
Camilo anunciou que a PF já realizou duas diligências, em Pernambuco e no Distrito Federal, para investigar as divulgações. “A PF poderá fazer outras diligências nas próximas horas”, frisou o ministro.
“Essas imagens passaram a circular após o fechamento dos portões. A solicitação é que a PF faça as investigações necessárias, porque os estudantes só podem sair com a prova a partir das 18h30. Qualquer momento anterior a 18h30 é uma infração, e precisa ser apurado”, disse, por sua vez, Palácios.
Fonte: Correio Braziliense