A saúde mental está cada vez mais em destaque. Não é por menos, que das doenças que mais crescem no mundo, as primeiras estão ligadas aos transtornos mentais. A saúde mental é tão vital quanto à saúde física, e é hora de reconhecer que todos enfrentam desafios mentais em algum momento da vida. Recentemente, o cantor Wesley Safadão, que faz sucesso em todo o Brasil, relatou no seu último show em Natal-RN, no último sábado (2), que iria dar uma pausa na sua agenda de shows, por tempo indeterminado, devido a problemas ligados à mente, por estar com fortes crises de ansiedade, segundo a assessoria de imprensa do artista. O psiquiatra Dr. João André Sampaio, com especialização no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, destaca o caso do cantor, ressaltando a importância de se compartilhar seu sentimento e buscar ajuda.
“Mesmo, com muita fama, dinheiro, juventude e disposição, Wesley, passa por essa situação, o que só prova que qualquer pessoa pode sofrer com algum transtorno mental em algum momento da vida. Estima-se que mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo sofram de distúrbios mentais, como depressão, ansiedade, transtorno bipolar, esquizofrenia e outros. Então, vamos quebrar as barreiras que envolvem a saúde mental, começando por falar sobre isso abertamente. Quando compartilhamos nossas histórias e experiências, estamos criando um ambiente de compreensão e apoio. Vamos construir uma comunidade onde todos se sintam à vontade para buscar ajuda, crescer e se curar juntos”, explica o médico.
A psicóloga e coordenadora do curso de psicologia do UniFavip Wyden, Tarcya Lima, também enfatiza a importância de detectar o problema e buscar o tratamento adequado, para deixar a situação ficar maior e vir a interferir em outras áreas da vida.
“Às vezes existem níveis de autocobrança exagerados, autocomparação, desvalorização das conquistas já obtidas, entre outras questões. Tudo isso aos poucos vai minando as forças e induzindo a um sofrimento psíquico. É preciso fazer terapia antes mesmo que as coisas comecem a “desandar”. Cuidar da saúde mental é necessário para que não seja preciso entrar em uma competição consigo mesmo, colocando em risco outros fatores como saúde física, relações interpessoais, trabalho, o bem-estar de modo geral. Isso não precisa ser motivo de vergonha, muito pelo contrário, saber o momento exato de desacelerar ou de recalcular a rota é sinal de autoconhecimento e autorrespeito bem desenvolvidos”, conclui a também docente do UniFavip Wyden.