Garotas ‘vendidas’ pela mãe em troca de crack ficaram viciadas e uma delas contraiu HIV, diz polícia

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) detalhou, na manhã desta quarta (29), o grave histórico de crimes praticados por uma mãe contra as próprias filhas.
O caso envolve o uso de drogas, prostituição, perseguição e estupros de vulnerável de duas adolescentes, no bairro da Várzea, na Zona Oeste do Recife.
Por causa dos crimes cometidos pela mulher, as filhas ficaram viciadas em crack e uma delas contraiu HIV.
Em entrevista coletiva, na sede da Polícia Civil, na capital pernambucana, o delegado Luiz Alberto Braga falou sobre a prisão da mãe, de 40 anos, e o que aconteceu com essa família.

O titular da Delegacia da Várzea afirmou que ela é a mãe das duas jovens, que começaram a ser exploradas com 10 e 12 anos e hoje têm 15 e 17 anos.
Durante quatro anos, elas  foram submetidas ao uso de crack, prostituição e estupros, praticados em um casarão abandonado que fica na Rua Azevedo Coutinho, na Várzea.
E o pior.  Tudo iso para manter o vício em drogas da mãe, que é usuária de  crack e vive em situação de rua.
Ela foi autuada pelo crime de perseguição, após intimidar e perseguir familiares que acolheram as duas jovens.
As duas estão internadas em uma clínica de reabilitação pelo vício no uso de crack. Nos finais de semana, eram acolhidas na casa de uma tia materna, que adotou as adolescentes.
Foi daí que a mãe delas começou a perseguir as duas, na intenção de novamente submetê-las a prostituição.
Violência
De acordo com a polícia, a vítima mais velha acabou contraindo HIV durante os estupros que sofreu para manter o vício da mãe.
A coorporaçáo afirmou que as duas eram “vendidas” para que a mãe recebesse crack em troca da prostituição das filhas.
A mulher foi presa há cinco anos por tráfico de drogas, mas atualmente estava em regime semiaberto.
Qunado saiu da cadeia, ela retornou a perseguir as filhas para voltar a submetê-las a um ciclo de dogas e  prostituição.
“A mãe estava perseguindo elas. As duas estão internadas numa clínica de reabilitação, porque estão viciadas em crack, mas nos finais de semana ficam sob os cuidados de uma tia. Foi daí que a mãe voltou a perseguir as filhas. Iniciamos as investigações para saber o motivo dessa perseguição. Descobrimos que essa mãe quando morava com as meninas, há quatro anos atrás, submetia elas ao uso de crack e a prostituição em troca de entorpecentes”, detalhou o delegado responsável pelo caso, Luiz Alberto Braga, da Delegacia da Várzea.
O delegado disse que , no casarão, as garotas eram estupradas em troca de drogas.
“Usava o Casarão, um local abandonado, para submeter as crianças a prostituição. A mãe ‘vendia’ elas por troca de drogas. Inclusive, as filhas foram viciadas em crack. Ela ficou quase dois anos praticando os crimes”, apontou o delegado.
Fonte: Diário de PE

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