Filhas de médicos, com uma dedicação fora do comum, duas irmãs se destacaram ao conseguirem a sonhada aprovação para o curso de medicina. As gêmeas Ana Clara e Beatriz Simões Mattos, de 18 anos, se classificaram entre as primeiras colocações na Universidade de Pernambuco (UPE) e na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ana Clara ainda foi aprovada na Universidade de São Paulo (USP).
Ambas tiraram 920 na produção textual do Enem. Ao obter as pontuações de 900,63 e 852,23 na média geral do exame, respectivamente, Ana Clara e Beatriz ficaram em 1º e 12º lugares no listão da UFPE.
Já no ranking do Sistema Seriado de Avaliação (SSA) da UPE, elas figuraram nas 4º e 5º colocações.
Ana Clara conta que estava dormindo quando o resultado do Sisu foi divulgado. “Era meia-noite, eu não aguentei, mas minha irmã ficou acordada. Quando saiu, ela me acordou. Eu nem acreditei na verdade”, lembra.
A notícia gerou uma verdadeira festa dentro de casa. “Meus pais acordaram, minha mãe foi ligar para a minha avó e acabou acordando ela. O meu pai quis descer para soltar fogos de meia-noite”, relata Beatriz.
Preparação intensa
O desempenho foi proporcional ao esforço e à dedicação empregada. “Estou muito feliz porque nos dedicamos muito nesses três anos de Ensino Médio. Ficamos muito focadas e, mesmo durante a pandemia, continuamos estudando”, diz Ana Clara.
Para a estudante, o mais importante na preparação foi ter dado atenção aos temas com os quais tinha mais dificuldade, além das disciplinas específicas.
“Eu focava mais as matérias de Ciências da Natureza, que tinham um peso maior para medicina, e as minhas dificuldades, porque, quando a gente analisa onde está errando, vê onde precisa trabalhar mais. Então, eu fazia muitas questões porque é a melhor maneira de revisar os assuntos e achar esses erros também”, conta.
Já para a redação, o treinamento passou por escrever uma dissertação toda semana. “Ficava sempre treinando e buscando melhorar meu repertório, o que é muito importante”, recorda Ana Clara, que costumava estudar com a irmã.
Para Beatriz, um dos principais desafios foi manter os estudos durante a pandemia e, depois, conciliar a rotina na escola e no cursinho.
“Treinar redação é muito importante. Mesmo quando você não sabe por onde começar, tem que tentar por algum lugar e acho que é sempre bom ler livros e assistir a filmes. Qualquer coisa de área cultural que você puder absorver é importante para o repertório”, recomenda.
Fonte: G1/PE