Por Paulo Cappelli – Colunista do Metrópoles
O general Júlio César de Arruda perdeu o comando do Exército após enfrentar ordens indiretas de Lula. No mais incisivo dos embates, de dedo em riste, impediu a prisão de bolsonaristas extremistas.
Na noite de 8 de janeiro, com a intervenção federal já decretada, o general não autorizou a entrada da PM-DF na área militar para prender extremistas em frente ao QG.
A PM-DF seguia as instruções do interventor Ricardo Cappelli, nomeado pelo presidente.
Naquela noite, Arruda dirigiu-se para o então comandante da PM-DF, Fábio Augusto Vieira, e, com o dedo em riste desafiou: “O senhor sabe que a minha tropa é um pouco maior que a sua, né?”
Lula viu como uma afronta a barreira formada por homens do Exército e, sobretudo, o uso de veículos militares blindados para impedir o avanço da PM-DF.
Um agravante: antes mesmo desse episódio, o presidente já estava furioso com o Exército por não ter impedido a invasão ao Planalto.
Ao fim daquele 8 de janeiro, o destino de Arruda já estava selado. Só o que faltava para demiti-lo era encontrar um general estrelado que se mostrasse disposto a enfrentar com rigor ameaças golpistas. Após o incisivo discurso de Tomás Miguel Ribeiro Paiva, não faltava mais.