Irmão do presidente da Assembleia Legislativa de PE é investigado pela PF por fraude em licitação e lavagem de dinheiro

O ex-deputado estadual Eduardo Porto é investigado como um dos líderes do esquema de fraude em licitação que é alvo da Operação Firenze, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria Geral da União (CGU).

Eduardo é irmão do atual presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Álvaro Porto (PSDB), e tio do conselheiro Eduardo Lyra Porto, do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

A Operação Firenze foi realizada na quinta-feira (5), e busca combater uma organização criminosa especializada em fraudar licitações, em vários municípios pernambucanos, e em lavagem de dinheiro. As investigações tiveram início em 2023.

Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão nas cidades de:

  • Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife;
  • Timbaúba, na Mata Norte de Pernambuco;
  • e em São Paulo.

De acordo com a PF, o grupo investigado tem contratos de mão de obra terceirizada com diversos municípios e com o governo do estado. Entre 2021 e 2024, esses contratos teriam gerado receitas de R$ 800 milhões. Desse valor, R$ 214 milhões teriam sido custeados com recursos federais.

A ligação de Eduardo Porto como a operação foi divulgada pelo Diário de Pernambuco e confirmada ao g1 com outras fontes. O filho dele, Eduardo Porto Junior, também é alvo da operação.

Segundo a CGU, as investigações teriam começado após uma denúncia de que uma empresa terceirizada teria sido contratada de forma irregular no município de Timbaúba.

A apuração identificou que apenas empresas do grupo comercial investigado teriam participado do processo de licitação. Também há a suspeita de que algumas movimentações financeiras do grupo teriam características de lavagem de dinheiro.

No caso desse contrato, em Timbaúba, a empresa recebeu R$ 39 milhões nos últimos quatro anos. Do montante pago, ao menos R$ 10 milhões foram custeados por recursos federais.

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