O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou, nesta quinta-feira (15/2), a construção de muralhas ao redor de todas as penitenciárias federais, a fim de dificultar novas fugas como a que ocorreu no presídio de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
A Penitenciária Federal de Brasília é a única unidade que já é cercada por um muro de proteção, além das grades que circundam a prisão originalmente. O modelo será replicado nos outros quatro presídios sob administração da pasta da Justiça e Segurança Pública.
O ministro Lewandowski anunciou uma série de medidas para reforçar a segurança e prevenir novos episódios de fuga nos presídios federais. Em um primeiro momento, o ministério pretende modernizar o sistema de videomonitoramento das unidades.
Além disso, a pasta irá aperfeiçoar o controle de acesso de visitantes, incorporando, inclusive, um sistema de reconhecimento facial. O governo também anunciou a ampliação do sistema de alarmes e sensores de presença em todas as unidades federais.
“Nós vamos requisitar a nomeação de 80 policiais penais federais que já foram aprovados em concurso público para reforçar o Sistema Prisional Federal”, disse o ministro. Ele afirmou que parte desse contingente partirá diretamente para Mossoró.
As mudanças serão feitas com recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), gerido pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), e que tem o objetivo de financiar ações de aprimoramento e modernização do sistema prisional.
Fuga em Mossoró
Essa é a primeira vez que detentos escapam de uma unidade de segurança máxima do sistema penitenciário federal na história. Uma das principais suspeitas é de que os criminosos, identificados como Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, teriam saído pelo teto da cela, por meio de um buraco na parte da placa metálica. Eles também teriam arrancado a fiação responsável pela iluminação das celas.
Conforme a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, Nascimento e Mendonça cumpriam pena no Complexo Penitenciário de Rio Branco, no Acre, até setembro de 2023, quando foram transferidos ao presídio federal de Mossoró.
Cerca de 300 agentes, da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, e forças de segurança estaduais atuam na recaptura dos fugitivos. As buscas também contam com o apoio de três helicópteros e drones.
Fonte: Metrópoles