Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, uma das lideranças da paralisação de 2018, afirmou a interlocutores do banco suíço Credit Suisse, que a chance de paralisação contra o aumento no preço dos combustíveis é de 95%, e deve acontecer mais cedo ou mais tarde.
No último dia 10, a Petrobrás anunciou um mega aumento no preço dos combustíveis. O diesel ficou 24,9% mais caro e a gasolina subiu 18,8%.
O caminhoneiro alega: “ Acredito que se a Petrobras der mais um aumento o Brasil vai parar instantâneo”.
Ele defende o abandono do Preço de Paridade Internacional (PPI), que faz com que a Petrobras acompanhe os preços internacionais do petróleo, o que ocorre desde 2016, por decisão de Michel Temer.
Ele declara: “Queremos pegar o país e a Petrobras de surpresa. Não damos data, mas vai acontecer [a paralisação]. No qual ele considera ser a única solução.
Jair Bolsonaro também tem realizado críticas contra os aumentos repassados pela estatal e admitiu a possibilidade de demitir o presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna.
“Existe essa possibilidade [de trocar o presidente da Petrobras]. Todo mundo no governo – ministros, secretários, diretores de empresas, presidentes de estatais – pode ser substituído se não tiver fazendo um trabalho a contento. Não quer dizer que vai ser trocado ou que não vai ser trocado
Eu só não posso trocar o vice-presidente da República. O resto, todos podem ser trocados, obviamente por motivos de produtividade, por motivo de falha ou omissão no respectivo serviço”.