O pré-candidato ao governo do estado, Miguel Coelho, afirmou nesta terça-feira (26) que pretende manter a Compesa como responsável pela captação e o tratamento de água, mas os serviços de distribuição e de saneamento funcionarão através de parcerias público-privadas. Segundo ele, esse modelo vai garantir os investimentos necessários para a universalização dos serviços de água e esgoto em Pernambuco até 2033, como prevê o Marco Legal do Saneamento.
“A Compesa vai continuar existindo, mas se dedicará exclusivamente à captação, à produção e ao tratamento de água. Toda a parte de distribuição da água tratada, coleta e tratamento de esgoto nós vamos conceder para a iniciativa privada, porque é como a gente vai conseguir capitanear os investimentos. Com esse modelo, vamos garantir mais de R$ 8 bilhões em investimentos. Vamos pegar uma parte do serviço que não está funcionando e passar para o privado, que vai investir o dinheiro sem criar imposto para o povo pernambucano pagar”, explicou o pré-candidato do União Brasil ao governo do estado em uma live nas redes sociais nesta terça.
Miguel Coelho acrescentou que, além de ampliar o abastecimento em todo o estado, o modelo de concessão dos serviços de distribuição de água e de saneamento vai permitir a redução da tarifa de água e o aumento do número de pessoas isentas do pagamento, de acordo com a renda. E rebateu o populismo de quem critica as parcerias com o setor privado.
Segundo o Observatório do Saneamento Ambiental, a Compesa desperdiça metade da água tratada na distribuição para os lares pernambucanos. Além disso, Pernambuco lidera o ranking de falta de água no Brasil (IBGE).