O historiador e cientista político Boris Fausto morreu nesta terça-feira 18, aos 92 anos, em São Paulo. Ele deixa dois filhos – o antropólogo Carlos Fausto e o cientista político Sergio Fausto – e três netos.
O velório acontecerá na região central da capital paulista na quarta-feira 19. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Fausto era pesquisador sênior da Universidade de São Paulo, onde concluiu a graduação, em 1966, e o doutorado, em 1969, em História.
Também manifestaram solidariedade a Faculdade de Direito da USP e a Companhia das Letras, responsável pela publicação de algumas obras do historiador.
“Boris Fausto foi um grande historiador, um dos maiores que tivemos, um amigo pessoal e próximo da editora. Estou fora do País e chocado com essa notícia”, lamentou Luiz Schwarcz, editor e fundador da Companhia das Letras. “O Brasil perde um intelectual verdadeiro e um escritor digno dos maiores elogios. Perdemos um homem humilde e sábio como poucos conseguem ser.”
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), classificou a morte do historiador como motivo de “luto para a grande cultura”.
“As obras de Boris Fausto marcaram minha geração como historiador. Boris era de grande sensibilidade e enorme inteligência. Sua morte é luto para a grande cultura. Ele era um dos últimos expoentes de uma geração que amou o Brasil e se empenhou em servir ao país. Obrigado, mestre”, escreveu Randolfe no Twitter.
O último livro de Boris Fausto foi Vida, Morte e Outras Histórias, publicado em 2021. Na obra, escrita após a perda do irmão, Fausto compartilhou memórias e reflexões sobre relações familiares, o envelhecimento e a finitude.
Fonte: Carta Capital