A polícia prendeu, nesta quarta-feira (14) o gerente de um banco na cidade de natal, capital do Rio Grande do Norte. O funcionário é acusado de envolvimento em um roubo que aconteceu em janeiro deste ano, onde foi roubado mais de R$ 1,3 milhão. Na ocasião, o homem afirmou que tinha sido rendido e agredido pelo assaltante, fazendo o que os investigadores chamaram de “encenação”.
Segundo o G1, na casa do suspeito, os policiais também encontraram moedas de ouro que já teriam sido furtadas pelo gerente antes do assalto de janeiro. O crime teria sido planejado para encobrir os demais roubos. Outros funcionários relataram, no entanto, que não tinham percebido o crime.
De acordo com a titular da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (Defur) da Polícia Civil, delegada Daniella Filgueira, as investigações começaram com base nas imagens do circuito interno de segurança do banco, que foram cedidas à polícia, onde foi possível ver o gerente entrando e saindo da agência com uma mochila.
Depois que o assaltante foi embora, funcionários ouviram os gritos do gerente pedindo socorro e o encontraram preso em uma das salas da agência. O Corpo de Bombeiros foi acionado para abrir a sala trancada e libertar o funcionário, que foi levado a um hospital. “O gerente ali interpreta, ele faz toda uma encenação do que seria um grande roubo quando na verdade era tudo armado, já estava tudo combinado”, disse a delegada.
Um homem de 22 anos, acusado de participar do crime, foi preso no mês passado e a partir de dados de celulares e notebooks foi possível chegar aos demais suspeitos. O jovem em questão teria recebido R$ 10 mil para praticar o roubo.
Ainda segundo o G1, além do gerente, uma amiga dele também foi presa. Ela é sogra do suspeito detido em novembro. Ele seria a pessoa que entraria na agência para fazer o assalto. No entanto, as investigações apontam que ele teve medo e acionou um amigo, que, por sua vez, chamou um terceiro para entrar na agência. A filha da amiga do gerente também é alvo da investigação. O grupo teria realizado viagens e comprado carros de luxo, entre outros bens, com o dinheiro do roubo.