A Sessão Ordinária da quarta-feira (9/10) na Câmara Municipal de Araripina continua dando o que falar. A reunião f foi marcada pela decepção de duas categorias de fundamental importância para o bom funcionamento da saúde pública: agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes comunitários de endemias (ACE). A novidade é que a polêmica Sessão que de forma deselegante subtraiu direitos dos trabalhadores, ganha um novo capítulo: a oposição anunciou que vai judicializar o imbróglio. A polêmica gira em torno do que dita o Regimento Interno da Casa, bíblia sagrada para quem se propõe a viver a vereança. A votação foi de maioria simples, com apenas seis votos, fato esse, que vai de encontro ao Regimento Interno e Lei Orgânica do municipal.
Os edis no exercício de suas funções votaram a alteração do artigo 4 da Lei municipal 3.081 que concedia em 6% o salário base de todos os servidores municipais efetivos ativos, excetuando-se as categorias de servidores que possuem reajuste anual mediante a Legislação específica. O projeto é oriundo do gabinete do prefeito Raimundo Pimentel.
O vereador Francisco Edivaldo (PP), líder da oposição na Casa Legislativa comentou o projeto “ Votar para retirar reajuste dado a funcionário público, pela primeira vez em 15 anos como legislador eu vi matéria enviada por um gestor e aprovada pelos seus vereadores, aprovar um projeto contra o servido público retirando o reajuste. Dar um reajuste e dois meses depois mandar retirar, é um caso no mínimo inusitado, eu nunca vi na história. E mais preocupante é ver alguns vereadores deixando de votar pelo povo para votar pelo gestor do município. Essa votação feriu o Regimento Interno e nós vamos pedir a anulação..” garantiu o parlamentar.