O poeta, cantador, violeiro e escritor Aldy Carvalho, sertanejo de Petrolina, há muito vem explorando sua criatividade multiartista, para além das fronteiras do Nordeste, sendo que o Sertão se mantém nas veias abertas de sua arte. Com uma vasta obra, entre livros e discos, que frequentemente mapeia o universo caatingueiro, Aldy acaba de jorrar no campo literário em forma de cordel, seu olhar aguçado para o mais impávido personagem da caatinga em “A Arte de ser Vaqueiro”(Editora Nova Alexandria), em circuito nacional.
Nascido em Petrolina, Vale do São Francisco, Aldy sempre bebeu na fonte do rio São Francisco, migrou para São Paulo, mas manteve sua lupa poética focada nas rotinas do povo sertanejo. Cantadores, violeiros e vaqueiros sempre estiveram no cenário real de sua convivência quando criança. Desde que começou a externar sua veia artística, ao longo de décadas, sua obra foi se desenhando como um verdadeiro mosaico que reflete o universo sertanejo, mesclando o lirismo das léguas percorridas com as veredas abertas por grandes nomes da literatura brasileira, como Ariano Suassuna e Guimarães Rosa.
Em “A Arte de ser vaqueiro”, com a apresentação do escritor Pedro Monteiro, o autor retrata na linguagem de cordel com estrofes em sextilhas, a profissão de vaqueiro no Nordeste, explorando a bravura e a tradição desse personagem tão presente na realidade sertaneja. Para ele, a profissão de vaqueiro em sua labuta personifica bravura a tradição do povo nordestino.