Pastor é preso em flagrante por LGBTfobia contra mulheres lésbiscas no Interior do Ceará

Um pastor foi preso em flagrante por LGBTfobia contra duas mulheres lésbicas no município de Granja, no interior do Ceará, nessa terça-feira (28). O líder religioso de 42 anos desrespeitou as vítimas em uma pousada onde estava hospedado.

Ele abordou as mulheres, funcionárias do local, e informou que abriria um templo religioso na cidade. Quando elas não demonstraram interesse e se recusaram a passar seus contatos telefônicos, o pastor começou a proferir “ofensas relacionadas à orientação sexual das vítimas”. 

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ele associou a sexualidade das mulheres com doenças e religião. Ele acabou expulso do estabelecimento pela proprietária, que acionou a Polícia.

FLAGRANTE 

O suspeito foi conduzido à Delegacia Regional de Camocim, onde foi autuado em flagrante, em uma ação conjunta das Polícias Civil (PC-CE) e Polícia Militar do Ceará (PMCE).

O líder religioso, segundo a SSPDS, foi “autuado em flagrante por incitar o preconceito à comunidade LGBTQIA+, com base na Lei 7.716/1989, que versa sobre praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito, com pena prevista de reclusão de um a três anos mais multa”. 

O caso está a cargo da Delegacia Municipal de Granja. Denúncias podem ser feitas junto a unidade policial, para auxiliar os trabalhos policiais.

CRIME 

O crime cometido pelo suspeito é LGBTfobia, mas ainda se enquadra na Lei de Racismo, pois o Congresso Nacional não editou lei que criminaliza atos de homofobia e transfobia, conforme julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) e do Mandado de Injunção (MI) 4733.

Fonte: Diário do Nordeste

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