Pernambuco sai na frente e estará entre os primeiros estados do brasil a alimentar o banco nacional de perfis balísticos. Nesta Segunda-feira(21), foi realizado o encontro de peritos criminais de todas as regiões do país, na sede do Instituto Nacional de Criminalística em Brasília, para aprovação do manual de procedimentos do banco.
O laboratório com sistema de identificação balística, recentemente implantado no Instituto de Criminalística de Pernambuco, já conta com 150 perfis de munições e armas.
“No momento que acontece um homicídio, a perícia do local de crime, do grupo especializado de perícia de homicídio, coleta no local vestígios balísticos, que tenham ficado durante ação delituosas, coletando estojos deflagrados e possíveis projetos de arma de fogo que tenham ficado nos locais. Esse material é encaminhado aqui para o setor de balística. Como o corpo da vítima é analisado no instituto de medicina legal, os médicos legistas examinam vestígios que porventura tenham ficado dentro do corpo. Todo esse material vem aqui pro banco, onde ele vai ser escaneado e analisado detalhadamente. O objetivo desta análise é identificar micro-estriamentos, que permitam identificar de forma inequívoca, qual arma disparou aqueles projeteis.
Com a identificação e escaneamento desses elementos, o banco vai ajudar a identificar crimes co-relacionados, ou seja, 2 crimes que tenham ocorrido com a utilização da mesma arma de fogo. Ou quando nós tivermos arma de fogo encaminhada para perícia, nós poderemos identificar no nosso histórico de banco de dados, se aquela arma de fogo já cometeu algum crime, em qualquer unidade da Federação que já possua um sistema funcionando.” disse Daniel Pires, perito criminal do Laboratório de Balística Forense do Instituto de Criminalística de Pernambuco.
Pernambuco é um dos poucos estados que já possuem profissionais qualificados para utilizar a nova tecnologia.