*Jeferson Kotokovski de Morais e Graziele Apª Correa Ribeiro
Recentemente, verificamos no noticiário, temperaturas extremamente altas, no Canadá, e nos Estados Unidos, atingindo temperaturas na casa dos 50º C, fato que provocou um alarme nestes países que já tiveram mais de 200 mortes, em 2021, em curto período, devido ao desequilíbrio de temperatura.
Estudos recentes mostram que o aumento substancial de temperatura está diretamente ligado ao aquecimento global. Segundo o relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), essas mudanças climáticas só tendem a piorar, visto que além do aumento da temperatura, temos o aumento do nível dos oceanos, o que coloca em risco a vida da população que mora em regiões costeiras. Estudos também mostram que com o aquecimento global, pode ocorrer declínio da produção de alimentos, podendo ter um déficit de produção e abastecimento do mercado interno e externo.
No Brasil, temos os mananciais de água doce na Amazônia, que com o aumento da temperatura, devido aos desmatamentos ilegais e constantes, principalmente na região leste, pode passar de uma região semiárida para uma região árida, comprometendo drasticamente a recarga dos lençóis freáticos. Já na região sudeste, região de mata fechada as precipitações tendem a aumentar, gerando impacto na agricultura, deslizamentos de terras e inundações.
Neste sentido, é de crucial importância compreender o que é este fenômeno que causa desequilíbrio em diversas áreas essenciais à manutenção da vida terrestre. O aquecimento global é o aumento da temperatura na Terra, sendo causado por gases poluentes produzidos pelos humanos. O nosso planeta é envolvido pela atmosfera que permite a entrada de parte da radiação solar. Para isso, essa camada possui gases, que são chamados gases de efeito estufa, cuja função é absorver parte dessa energia recebida e manter a temperatura do planeta. Esses gases se acumulam na atmosfera, retém o calor e retardam a dissipação da energia solar. Um dos principais é o CO2, também conhecido como dióxido de carbono. É um dos gases responsáveis pelo “Efeito Estufa” que faz com que a vida na Terra seja possível.
Com o aumento da temperatura global ocorrem mudanças climáticas, que são responsáveis, por exemplo, por incêndio nas florestas, furacões e derretimento das geleiras, prejudicando todos os seres vivos do planeta. O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), liberado em agosto de 2021, apresenta tendências irreversíveis no que se refere à mudança climática global.
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), os últimos anos foram os mais quentes desde os registros pós-revolução industrial, em 1880. A Organização prevê, ainda, a probabilidade de 20% de que o aumento da temperatura exceda os 1,5°C em 2024. Segundo Greenpeace (organização ambiental que defende o planeta e seus ecossistemas), atualmente com a temperatura 1,1°C mais quente em comparação com a era pré-industrial, metade da população global vive sob risco climático. Em regiões mais vulneráveis, o número de mortes por enchentes e secas foi 15 vezes maior na última década do que em regiões menos vulneráveis.
Diante do cenário alarmante apresentado, se não forem tomadas medidas urgentes, as consequências que se esperam para o futuro são piores. Atualmente existem algumas soluções viáveis à disposição, adotando práticas sustentáveis por meio de ações educativas, realizando a reciclagem, consumindo energias renováveis, utilizando transporte elétrico, reduzindo embalagens plásticas. Todos somos responsáveis em reverter esse cenário catastrófico.
*Jeferson Kotokovski de Morais é licenciado em Matemática e bacharel em Engenharia Mecânica, especialista em Ensino de Matemática, especialista em Formação Docente para EAD e professor da área de Exatas Uninter.
Graziele Aparecida Correa Ribeiro é professora da área de Exatas Uninter, Licenciada em Física e Mestra em Ensino de Ciência e Tecnologia