Na tarde de ontem (segunda-feira, 19), a comissão de negociação do Sindicato das Professoras e dos Professores do Recife (SIMPERE) participou de uma nova rodada de negociação com a gestão do prefeito João Campos (PSB), após a suspensão temporária da greve da categoria. A proposta apresentada pela Prefeitura foi imediatamente levada para avaliação em assembleia permanente, realizada no Pátio da Prefeitura. As informações são do JC Online.
A resposta foi unânime: professoras e professores rejeitaram a proposta da gestão municipal, que previa um reajuste de 1,5% retroativo a janeiro, ampliado para 2,5% a partir de maio. Além disso, a Prefeitura propôs pagar os 4,41% restantes como abono salarial, em parcela única, referente ao período de janeiro a dezembro de 2025 — sem data definida para pagamento. A proposta foi considerada insatisfatória por ferir a Lei do Piso do Magistério e ignorar a principal reivindicação da categoria: o reajuste integral de 6,27% aplicado na carreira, com reposição das perdas acumuladas nos últimos anos.
“Se a Prefeitura tem recursos para pagar parte do reajuste em forma de abono, tem condições de fazer isso como reajuste de fato, com repercussão na carreira. A escolha por não valorizar os professores é política, e a categoria não aceita mais esse desrespeito”, afirmou Jaqueline Dornelas, da coordenação do SIMPERE.
Assembleia permanente continua hoje
A assembleia permanente dos professores e professoras da rede municipal segue nesta terça-feira (20), a partir das 9h, com ampla mobilização da base. “Temos uma base mobilizada, consciente e presente. Essa participação massiva mostra que estamos unidos em defesa dos nossos direitos e da educação pública de qualidade. Seguiremos firmes até que a gestão respeite nossa pauta”, reforçou Anna Davi, também da coordenação do sindicato.
Uma nova reunião entre o sindicato e a gestão municipal está marcada para hoje (20). A categoria permanece em estado de alerta e se reunirá novamente após a rodada de negociação para avaliar os próximos passos.