A Assembleia Geral Extraordinária convocada pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), para esta sexta-feira (24), será um divisor de águas para a greve deflagrada pela categoria, no último dia 22 de abril.
Reunidos em formato multicampi e online, os professores da UFPE vão avaliar e decidir se aceitam a contraproposta feita pelo governo federal na semana passada.
De acordo com a convocação, a assembleia será realizada nos campi Recife (auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas-CCSA) e Caruaru (auditório do Núcleo de Ciências da Vida, no Centro Acadêmico do Agreste-CAA).
Professores do Centro Acadêmico de Vitória (CAV) terão transporte para o Recife. Haverá, também, assim como a assembleia que decretou a greve, em 17 de abril, a opção de participação e votação online. A primeira chamada ocorre às 8h30, e a segunda, às 9h. A greve foi deflagrada em 22 de abril.
Na opinião da presidenta da Adufepe, Teresa Lopes, a decisão da categoria é soberana.
“Durante os últimos dias, nós esclarecemos os principais pontos do que o governo federal ofereceu nas nossas redes sociais, em atividades externas e por meio de uma live. É importante que a presença nesta assembleia seja a mais representativa possível, porque é um momento decisivo para os docentes da UFPE”, destaca Teresa.
Impasse
O principal ponto de impasse entre governo e professores é a proposta de reajuste zero para 2024, que já foi rejeitada pela categoria, em assembleia, em 25 de abril.
“Esse reajuste zero é muito ruim. É verdade que outros avanços aconteceram, principalmente no que diz respeito à remuneração dos professores que estão entrando agora ou ainda vão entrar. Mas é muito pouco. Por isso, friso mais uma vez, a decisão sobre essa proposta é essencial para os rumos da greve, que entrou nesta quinta (23) em seu 31º dia”, salienta a presidenta da Adufepe.
A última proposta realizada pelo Governo previa diferentes níveis de reajuste para a categoria. Os que ganham mais receberiam um aumento de 13,3% até 2026. Os que ganham menos, de 31%, até o fim do governo de Lula. Os aumentos só aconteceriam a partir de 2025.
Pautas da categoria
Além do reajuste salarial, os professores reivindicam a recomposição do orçamento das instituições federais de ensino superior, o avanço nos pontos relacionados a carreira docente e a manutenção da permanência dos alunos no campus com qualidade.