Uma bebê recém-nascida foi encontrada no chão de um banheiro no Shopping Guararapes, em Jaboatão, no Grande Recife. Nesta terça-feira (6), a Polícia Militar informou que a menina foi achada por uma funcionária de loja e ainda estava com o cordão umbilical quando foi vista, o que indica que ela nasceu pouco tempo antes de ser deixada no local.
O conselheiro tutelar Quintam Brasil, responsável pelo caso, disse que a menina estava entre a privada e a lixeira do banheiro. Ela foi levada para o Hospital Jaboatão Prazeres, na mesma cidade, e transferida para o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no Recife, onde está internada na enfermaria, em observação.
“Ela ainda estava com resto de parto. Provavelmente, nasceu fora e foi levada para lá, mas quem vai dizer isso é a investigação. Ela estava com uma chupeta na boca, vestida num casaquinho, de fralda e enrolada num pano”, afirmou o conselheiro.
Assim que a criança foi achada, no sábado (3), o shopping acionou a segurança do centro de compras e a brigada de bombeiros civis. Eles, por sua vez, acionaram a Polícia Militar, que levou a menina para o hospital, junto com a mulher que a encontrou.
O conselheiro Quintam Brasil disse que a menina segue internada no Imip, e afirmou que o estado de saúde dela é estável. Depois que tiver alta, ela deve ser levada para um centro de acolhimento provisório e ficar à disposição da Justiça. “A médica disse que ela tinha algumas horas de nascida. Ela foi achada no início da noite, e deve ter nascido por volta das 8h ou 9h. A mãe, até agora, não foi identificada”, afirmou o conselheiro tutelar.
O caso foi registrado pela PM como ocorrência de “abandono de incapaz”. Esse tipo de crime tem pena de detenção de seis meses a três anos. O g1 entrou em contato com a Polícia Civil, que não localizou o registro do caso até a última atualização desta reportagem.
Por meio de nota, o Shopping Guararapes disse que “lamenta o ocorrido” e afirmou que “está à disposição das autoridades policiais no sentido de colaborar com o necessário, para que a polícia identifique o responsável pelo abandono”.