Pernambuco está engajado numa importante e ampla campanha coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), através da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). A Mobilização Nacional de Identificação e Busca de Pessoas Desaparecidas teve início em todo o país nesta segunda-feira (26), seguindo até o dia 30 de agosto. No Estado, a Polícia Científica e a Polícia Civil, órgãos da Secretaria de Defesa Social (SDS), estão unindo esforços para colaborar com a campanha, que será realizada em parceria com as Secretarias de Segurança Estaduais.
A iniciativa conta com três etapas, visando a coleta de amostras de DNA de familiares de pessoas desaparecidas; de impressões digitais de pessoas vivas com identidade desconhecida; e de impressões digitais de cadáveres não identificados. Todos os materiais fornecidos nos quase 300 pontos de coleta espalhados pelo país vão fazer parte da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG). A partir de então, haverá o cruzamento de dados das amostras utilizando técnicas de identificação genética, possibilitando testar os vínculos genéticos, contribuindo, assim, para se alcançar a identificação. É importante salientar que o material genético será utilizado exclusivamente para a identificação de pessoas.
Sistema alimentado pelas secretarias estaduais de Segurança Pública em parceria com a Polícia Federal, a RIBPG é responsável por compartilhar e comparar amostras genéticas para elucidação de crimes e auxiliar na localização de pessoas com paradeiro desconhecido. As amostras genéticas, de pessoas vivas e falecidas, com identidade desconhecida analisadas pelos laboratórios da RIBPG são enviadas rotineiramente ao Banco Nacional de Perfis Genéticos. Após a análise são feitos os cruzamentos de dados em nível nacional com perfis coletados pelos 23 laboratórios de genética forense que compõem a rede. No último mês de julho, um relatório apontou que existem 19.450 perfis coletados entre as amostras relacionadas a casos de desaparecimento.
Em Pernambuco, o Instituto de Genética Forense Eduardo Campos (IGFEC) da SDS é o órgão que atua na busca de pessoas desaparecidas, na identificação de restos mortais e na resolução de crimes, por meio da perícia de DNA. Vale ressaltar, inclusive, que Pernambuco é o segundo estado do país com o maior número de identificação em todos os Bancos de Perfis Genéticos que integram a rede. Até o momento, 83 amostras foram identificadas, o que corresponde a 18% das identificações em todo o sistema. “Pernambuco é uma das unidades da Federação que mais contribui nacionalmente na categoria perfil de DNA, auxiliando na resolução de casos e na identificação genética de pessoas desaparecidas. Foram 312 cadastros de familiares de desaparecidos e 1.690 perfis genéticos de Restos Mortais não Identificados (RMNI) incluídos na rede, até o momento“, destacou o gestor do IGFEC, o perito criminal Jeyzon Valeriano.
Como fazer
Os familiares de pessoa desaparecida devem inicialmente registrar um Boletim de Ocorrência (BO) numa delegacia. Pernambuco conta com 10 pontos de coleta de DNA, espalhados nas unidades de perícia em todo o Estado. Com seu documento de identificação e o número do BO, ou a cópia do mesmo, o familiar terá seu material coletado e encaminhado ao IGFEC. A coleta é um procedimento simples e indolor, sendo feita por meio de saliva. Também é possível levar objetos de uso único e pessoal do desaparecido. para quaisquer dúvidas e esclarecimentos estão disponíveis os seguintes contatos: (81) 3183-5682 / 3183-5683 / 98494-3251 e e-mail dna@sds.pe.gov.br. A lista dos 10 pontos de coleta de DNA, incluindo Petrolina, está acessível no neste link.