O projeto Patrimônio Pernambuco Digital, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, desenvolve um app colaborativo e visitas virtuais interativas com o objetivo de digitalizar as rotas e equipamentos culturais do Estado
Um dos grandes desafios em relação ao patrimônio histórico de um país é a sua preservação e a garantia de que todo o material esteja acessível às pessoas, inclusive permitindo interação e gerando o interesse da população em se apropriar da cultura local. Diante da importância de proporcionar o engajamento e a democratização do acesso aos instrumentos culturais, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco (Secti/PE) atua com o projeto Patrimônio Pernambuco Digital para promover a digitalização das rotas e equipamentos culturais do estado.
A iniciativa, que tem a parceria das secretarias estaduais de Cultura (Secult/PE) e de Turismo e Lazer de Pernambuco (Setur/PE), conta com o trabalho de digitalização de museus e o desenvolvimento de um aplicativo colaborativo para o cadastro de pontos culturais que integram as diferentes rotas turísticas, eixos de atuação conduzidos pela Usina Pernambucana de Inovação, hub de inovação sócio-governamental, ligado à diretoria de Inovação da Secti/PE.
O app vem sendo construído pela Carutech, startup do Espaço 4.0 da Escola Técnica Estadual (ETE) Fernando Lyra, localizada em Caruaru. Formada por estudantes da unidade de ensino, a startup já disponibilizou o protótipo funcional do app, que passa agora pela validação de representantes das secretarias estaduais de Ciência, Tecnologia e Inovação e de Cultura. “Com o aplicativo, a gente espera ampliar, de forma colaborativa, os dados e as informações sobre as rotas e equipamentos culturais do Estado”, destaca a secretária estadual Mauricélia Montenegro.
De acordo com a gestora, com a digitalização dos museus e a divulgação inteligente do patrimônio cultural, os eixos do projeto vão se conectar para garantir uma comunicação melhor e um maior engajamento. “O app surge para resolver uma demanda de comunicação, com listas de eventos e pontos culturais, com o compartilhamento de tokens, fotos, impressões e etc. Com a digitalização, haverá a contribuição com a democratização do acesso aos museus e proteção do patrimônio cultural. Eles se conectam para garantir que o passeio virtual possa gerar o engajamento em quem não viria presencialmente, por exemplo”, destaca Mauricélia.
DIGITALIZAÇÃO – A digitalização de museus acontece por meio de tecnologia similar a câmera de ação, que permite uma visita virtual interativa, no estilo de um tour em 360 graus. A experiência fica hospedada no portal museusdigitais.pe.gov.br. O Cais do Sertão foi o primeiro museu pernambucano a ser digitalizado pelo projeto Patrimônio Pernambuco Digital, numa parceria entre as secretarias estaduais de Ciência, Tecnologia e Inovaçao (Secti/PE) e de Turismo e Lazer (Setur/PE).
O Cais do Sertão Digital conta com audiodescrição, controle de navegação e alta definição das imagens, que podem ser rotacionadas, giradas, pelo visitante. “Além disso, já estão disponíveis as primeiras interações com realidade aumentada, em que é possível durante o passeio presencial, acessar a aplicação para obter novas interações, como no caso do famoso Túnel do Capeta, em que se pode escutar os diversos nomes que o capeta assume”, explica a diretor de Inovação da Secti/PE, Hugo Medeiros.
Para 2023, a equipe da Secti/PE, através da Usina Pernambucana de Inovação, em parceria com a Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult/PE), inicia a aplicação da metodologia no Museu do Estado de Pernambuco (MEPE).