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Rádio é ouvido por 83% da população residente nas 13 regiões metropolitanas

Com 100 anos de presença no Brasil, completados no último dia 7, o rádio segue como um veículo presente no cotidiano de boa parte dos brasileiros e com capacidade de reinventar sua essência em outros formatos e canais.
Essas são algumas conclusões da edição 2022 do Inside Radio, cujos dados foram revelados pela Kantar nessa quarta-feira, 21. O estudo apontou que o rádio é ouvido por 83% da população residente nas 13 regiões metropolitanas que compõem a amostra de pesquisas da Kantar. Esse número é 3 pontos percentuais acima do registrado na edição de 2021 do Inside Radio. Em média, cada pessoa ouve 3 horas e 58 minutos de rádio por dia.
Onde as pessoas ouvem rádio?
A pesquisa também apontou que houve aumento do consumo de rádio no carro na comparação com o ano passado. Por conta, sobretudo, da retomada das atividades presenciais, 30% das pessoas passaram a ouvir rádio no carro. Em 2021, esse número era 24%.
Ao mesmo tempo, diminui um pouco a quantidade de pessoas que ouvem rádio em casa. Embora ainda lidere a lista, o ambiente do lar era citado por 72% em 2021 e, no estudo atual, foi citado por 63% das pessoas.
Além de casa e do carro, 12% disseram que ouvem rádio em outros locais; 9% sintonizam enquanto fazem algum trajeto e 3% dizem ouvir rádio enquanto trabalham.
O tradicional aparelho de rádio ainda é o meio mais comum pelo qual as pessoas ouvem as notícias, músicas ou demais programas: 83% disseram que ouvem rádio no aparelho. Já 26% das pessoas citaram o celular como o canal pelo qual ouvem rádio; 4% citaram outros equipamentos enquanto 3% sintonizam pelo computador.
Publicidade no rádio
A pesquisa da Kantar também procurou avaliar o rádio como uma plataforma de mídia para os anunciantes. O estudo aponta que o meio continua tendo potencial de gerar mensagens marcantes para os ouvintes. Entre os entrevistados, 82% se lembram de terem ouvido algum comercial no rádio.
Já entre os formatos que mais geral lembrança, o tradicional spot comercial é o mais comum, sendo citado por 55%. O merchandising feito por locutores também tem um forte poder de alcance, tendo sido citado por 42%. Já 20% citaram os anúncios em podcast enquanto 17% apontaram que se lembram de comerciais em aplicativos ou no site das emissoras de rádio.
A pesquisa da Kantar também que, entre os ouvintes que se lembraram de algum tipo de publicidade no rádio, 37% já compraram ou pesquisaram algum produto por influência do anúncio.
Segmentos que mais se destacam
A Kantar também avaliou quais são as categorias de produtos que mais tendem a despertar o interesse dos ouvintes com anúncios publicitários. O segmento que lidera em termos de intenção de compra após a publicidade em rádio é o de supermercados e hipermercados, citado por 58%.
Em segundo lugar, citado por 37% dos entrevistados, aparecem os restaurantes e lanchonetes, seguidos de lojas de departamentos (25%), medicamentos (25%) e serviços financeiros (12%).
Consumo online
Embora mantenha sua força como meio tradicional, o rádio vem também aproveitando a tecnologia para conquistar um novo público. A Kantar aponta que 7,4 milhões de pessoas ouviram rádio no ambiente da internet (web rádios) nos últimos 30 dias, o que representa um aumento de 85% em relação à 2019.
O tempo médio em que essas pessoas consomem rádios online é de 2 horas e 45 minutos por dia. Entre esses ouvintes de web rádios, 70% o fazem via celular; 30% pelo computador e 9% em outros equipamentos.
FONTE: MEIO E MENSAGEM

100 anos do rádio no Brasil

Em solenidade na Associação Brasileira de Televisão pelo 30º aniversário da implantação do rádio no Brasil, Roquette Pinto (de gravata borboleta) observa “antigos e modernos” aparelhos de radiofonia. (Agência O Globo)

O dia 07 de setembro de 2022, marcou exatos 100 anos que os brasileiros ouviram uma transmissão de rádio pela primeira vez. O fato aconteceu durante a comemoração ao centenário da República do Brasil, numa exposição Internacional no Rio de Janeiro, na época capital federal. A voz que ecoou pelas ondas radiofônicas foi a do então presidente Epitácio Pessoa.

Com um transmissor de 500 watts, fornecido pela empresa norte-americana Westinghouse e uma antena instalada no Corcovado, foi possível transmitir um som para pelo menos 80 pessoas, as quais puderam ouvir o discurso do presidente, bem como a obra “O Guarani”, de Carlos Gomes, transmitida direto do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

100 anos depois, o rádio ainda é forte, é amado e consegue se adequar facilmente ao avanço da tecnologia. Com equipamentos cada vez mais modernos, os estúdios de rádios ocupam cada vez menos espaços físicos, mas muito espaço no mundo a fora. Através da internet o rádio consegue chegar mais longe, ser ouvido de diferentes formas e por diferentes culturas.

Os podcasts, assim como as rádios online, são mídias voltadas para a transmissão de informações na internet. E, embora muita gente acredite que esse modelo é novidade, segundo o site teletronix, o termo surgiu em 2004, com a junção das palavras iPod — o dispositivo da Apple — e Broadcast — que significa transmissão online.

Com um formato semelhante a um programa de rádio, os podcasts não seguem um padrão único. Os conteúdos lançados podem ter assuntos e duração variada, atingindo diferentes públicos e interesses.

Das primeiras transmissões até os dias atuais, o rádio segue firme, se adaptando, se moldando, de forma a continuar junto a dona de casa, acompanhando a obra do pedreiro, animando os vendedores e compradores nas lojas, embalando canções para os casais apaixonados, levando notícias a população, acompanhando o viajante nas estradas da vida.

O rádio vive e sempre será lembrado!